Proteger a biodiversidade

De acordo com o Relatório de Riscos Globais 2024 do Fórum Económico Mundial (FEM), os riscos mais severos, previstos para a próxima década, estão associados às alterações climáticas e à natureza. Estão a ser desenvolvidos esforços para enfrentar esta crise através de estratégias e colaborações entre a comunidade global e as forças de mercado, em particular as centradas na natureza.

A Conferência das Partes da Convenção Sobre Diversidade Biológica de 2022 (COP15, realizada em Montreal, Canadá) resultou no acordo Montreal-Kunming. Este definiu metas ambiciosas para travar e inverter a perda de biodiversidade até 2030, incluindo a reestruturação dos sistemas de subsídios prejudiciais e a recuperação de 30% dos ecossistemas degradados do planeta. 

Para além disto e tendo em conta outros enquadramentos, tais como a Task Force on Nature related Financial Disclosures (TNFD), e tendências emergentes como as Science-Based Targets for Nature (SBTN), a Galp pretende apoiar e contribuir para a conservação da natureza.

A Galp estabeleceu um robusto Sistema de Gestão Ambiental aplicável às suas operações e atividades, em conformidade com as diretrizes da ISO 14001. Este framework, em vigor há mais de 10 anos e em melhoria continua, garante o cumprimento da legislação e outros requisitos relevantes, gere proativamente os riscos de ambiente e promove a melhoria contínua do desempenho ao longo do ciclo de vida de nossas atividades, produtos e serviços. Além disso, o nosso sistema de gestão ambiental será progressivamente alinhado com as diretrizes da CSRD. Isso inclui a avaliação e ação sobre riscos e oportunidades, bem como o acompanhamento do desempenho através de métricas ambientais como consumo de energia, gestão de resíduos, uso da água e biodiversidade.

Para alcançar a nossa ambição, a Galp está focada nos seguintes fatores:

  • Compromisso de incluir critérios de biodiversidade na tomada de decisão
  • Integrar os nossos sites no ecossistema
  • Colaborar através de iniciativas e parcerias

A abordagem da Galp à TNFD

A empresa está a preparar a implementação do framework da TNFD, tendo começado por definir o modelo de governo da Galp para as dependências, impactos, riscos e oportunidades relacionados com a natureza e desenvolvendo um projeto-piloto para a avaliação de risco LEAP (Localizar, Avaliar, Analisar e Preparar).

Governo sobre temas relacionados com a natureza

Uma das várias funções que recaem sobre a Comissão de Sustentabilidade, a nossa comissão a nível do conselho de administração, é a de avaliar e supervisionar os riscos e oportunidades relacionados com o clima e a natureza, com o apoio da Comissão de Gestão de Riscos. O pilar de "Governo" da TNFD será objeto de uma análise e melhoria contínuas, conforme necessário, ao longo do processo de desenvolvimento do framework.

Projeto-piloto de Avaliação de Riscos LEAP

Esta é uma abordagem abrangente que implica a avaliação de questões relacionadas com a natureza e a identificação de áreas de ação prioritárias. Conscientes de que interagir com a dimensão da natureza é específico a cada local, a nossa abordagem centra-se em avaliações e respostas específicas. Acreditamos que esta é uma oportunidade essencial para compreender, gerir e dar uma resposta eficaz aos riscos e oportunidades relacionados com a natureza para a Galp. Concluímos recentemente as fases "Localizar" e "Avaliar".

  • Âmbito do Projeto: A nossa análise de portefólio da Galp, envolveu uma análise detalhada dos principais aspetos, incluindo a distribuição geográfica, o tipo de atividade, a estratégia de negócio e a integridade da natureza. Esta análise serviu de base para a nossa prioridade de avaliação, centrada nas atividades específicas da Galp.
  • Fase Localizar e Avaliar: Começámos por mapear a nossa pegada do negócio e os tipos de ecossistemas. Seguidamente, avaliámos as dependências da Galp em relação aos serviços dos ecossistemas e os principais impactos associados às atividades, combinando o contexto do setor e da empresa, o estado natural atual e o desempenho em termos de eco-eficiência. Este processo culminou numa matriz de materialidade, destacando os ativos prioritários para avaliação e as ações relativas aos riscos e oportunidades associados.

Compromisso de incluir critérios de biodiversidade na tomada de decisão

A nossa intenção é a de evitar operar/explorar/minar/perfurar dentro dos limites das áreas do Património Mundial da UNESCO e nas áreas protegidas da IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) de Categoria I-IV.

Em 2024, reafirmámos a nossa posição em matéria de biodiversidade com a aprovação da nossa Política de Biodiversidade.

Política de Biodiversidade da Galp

A nossa Política de Biodiversidade articula-se em torno de três princípios fundamentais:

Respeitar as zonas de proteção

Reconhecemos o valor das áreas do Património Mundial da UNESCO e das áreas protegidas da IUCN, e respeitamos os seus limites, não operando ou evitando estas áreas sensíveis em termos de biodiversidade, respetivamente.

Identificar, avaliar e gerir locais de operação novos ou já existentes

Avaliamos a biodiversidade nas nossas operações e na nossa cadeia de valor, incorporando-a na nossa estratégia e gestão de riscos. Planos de ação específicos para locais próximos de áreas protegidas1 e estratégias focadas num impacto positivo na biodiversidade para novos projetos são parte integrante da nossa abordagem. Em joint ventures, promovemos a sua aplicação coletiva através da partilha das nossas diretrizes em matéria de biodiversidade, a fim de promover um compromisso comum para a sua aplicação.

Promover a colaboração e divulgar conhecimentos

Incentivamos as principais partes interessadas a incorporar critérios de biodiversidade nas suas práticas empresariais. Os nossos esforços estendem-se à promoção de iniciativas de formação e sensibilização centradas na biodiversidade junto dos parceiros relevantes.

1 Áreas do Património Mundial da UNESCO e áreas protegidas de categoria I-IV da UICN.

Preservar e conservar a floresta

Reforçámos o nosso objetivo de alcançar a desflorestação líquida nula2 nos novos projetos, conforme ficou patente na nossa Política de Biodiversidade. Isto implica evitar a remoção de terras florestais sempre que possível e, caso seja inevitável, compensar com futuros esforços de reflorestação.

O ano de 2023 trouxe a implementação de 3 novos projetos fotovoltaicos da Galp, os quais evitam a desflorestação, e um outro que requer medidas de compensação.

2 A Galp utiliza a definição de floresta da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAAO): "Terrenos com mais de 0,5 hectares com árvores acima de 5 metros de altura e cobertura de copa superior a 10%, ou árvores capazes de atingir estes limites in situ".

  2022 2023 Meta 2023 Meta 2024
Número de sites que evitaram a desflorestação 6 3 7 8
Número de sites que necessitaram de medidas de compensação (reflorestação) 0 1 3 0

 

Dependências e impactos relacionados com a natureza e rastreio dos riscos para a Biodiversidade

Fazemos uma análise anual do risco de biodiversidade em todos os locais onde operamos. Em 2023, incorporámos a identificação de potenciais dependências e impactos relevantes sobre a natureza que sejam decorrentes das nossas principais atividades existentes, de forma a melhorar o nosso conhecimento e permitir uma avaliação de risco mais eficaz. Além disso, cruzámos a localização dos nossos locais de exploração com áreas relevantes para a biodiversidade3 utilizando a ferramenta IBAT. O número de espécies ameaçadas nas áreas em redor das nossas operações é também monitorizado de acordo com a Red List da IUCN.

Olhando para todas as instalações onde a Galp opera, nenhuma se situa em áreas do Património Mundial da UNESCO ou adjacentes às mesmas. No que diz respeito às áreas protegidas da IUCN de categoria I-IV, 29 instalações (6%) estão situadas dentro ou perto (num raio de 1 km) destas regiões, sobretudo estações de serviço na Península Ibérica, para as quais planeamos desenvolver planos de ação para a biodiversidade.

Pode consultar informações mais detalhadas sobre a Avaliação do Risco para a Natureza da Galp de 2023.

3 Inclui qualquer área de proteção da biodiversidade ou de conservação prioritária identificada neste relatório, de acordo com os dados fornecidos pela ferramenta IBAT (áreas IUCN, Áreas Chave de Biodiversidade, Ramsar, Rede Natura 2000 e Património Mundial da UNESCO).

Integrar os nossos sites no ecossistema

Abordagem às nossas atividades

A nossa abordagem de gestão segue a hierarquia de mitigação (evitar, minimizar, restaurar e compensar). Estamos a planear desenvolver planos de ação para instalações localizadas em áreas protegidas ou adjacentes a elas. Na Refinaria de Sines, estamos a desenvolver um Plano de Ação para a Biodiversidade, com o apoio de especialistas na matéria. Para a fase inicial, foi realizada a caraterização da fauna, flora, vegetação e habitats regionais. O relatório final está em curso e inclui conclusões detalhadas e as respetivas recomendações.

Para novos projetos localizados em áreas protegidas ou adjacentes a estas, a Galp está focada no desenvolvimento de uma estratégia que possa ter um impacto positivo na biodiversidade. Com o apoio de especialistas externos, a Empresa desenvolveu uma metodologia denominada "Smart Renewable Power Plant”, que visa incorporar centrais solares no ecossistema e obter um impacto positivo.

Em 2023, iniciámos um projeto-piloto em Alcoutim, Portugal, para implementar a metodologia "Smart Renewable Power Plant". Inaugurado em setembro e juntando quatro centrais fotovoltaicas - S. Marcos, Viçosa, Pereiro e Albercas - o projeto ocupa uma área de 250 hectares e tem capacidade para produzir cerca de 140 MWp.

Foi elaborado um Plano de Ação para a Biodiversidade (PAB) para este local, que define as medidas para um impacto positivo líquido. O plano visa renaturalizar uma área total de cerca de 73 ha. Algumas das iniciativas incluem pastagens para ovelhas e abrigos para aves e morcegos. Estas e outras ações promovem uma utilização diversificada dos terrenos e a regeneração dos solos, salvaguardando e expandindo a biodiversidade local, e melhorando os serviços dos ecossistemas, entre outros benefícios. Tratando-se de um projeto-piloto, esperamos obter resultados cruciais que nos permitam voltar a aplicar esta abordagem noutras instalações solares semelhantes.

No caso de joint ventures, partilhamos as diretrizes do Grupo em matéria de biodiversidade para incorporar coletivamente as temáticas de biodiversidade.

Nas instalações que não são operadas pela Galp, partilhamos as nossas melhores práticas com os nossos parceiros e respeitamos os compromissos estabelecidos nas joint ventures. Os parceiros que gerem os blocos Upstream não operados pela Galp desenvolvem um conjunto de iniciativas para promover e preservar a biodiversidade. 

Biodiversidade em projetos Upstream

Nos últimos anos, o projeto FLNG Coral tem desempenhado um papel fundamental na proteção da biodiversidade. As atividades incluem o cultivo de coral, a capacitação de pescadores, o fornecimento de equipamento de laboratório à UniLurio (a universidade local), e campanhas de sensibilização para a conservação da biodiversidade na Escola Comunitária de Vamizi.

Foi também realizado um estudo de caracterização ambiental na região da Namíbia PEL83, e espera-se que o relatório final seja concluído em 2024.

Pode consultar informações mais detalhadas relacionadas com os projetos Upstream no Guia de Boas Práticas para a Gestão da Biodiversidade e respetivos documentos suplementares:

Complemento #1 do "Guia de Boas Práticas para a Gestão da Biodiversidade"
Complemento #2 do "Guia de Boas Práticas para a Gestão da Biodiversidade"

Colaborar através de iniciativas e parcerias

A Galp participou em várias iniciativas e colaborações este ano, trabalhando em parceria com partes interessadas relevantes:

  • A Galp mantém-se no Fórum TNFD, um grupo consultivo multidisciplinar que partilha a missão e os princípios da TNFD, e que se disponibiliza para contribuir para o trabalho da Taskforce.
  • A Galp manteve-se como membro da “Fuels Europe” e da CONCAWE, e participa ativamente em iniciativas, taskforces e grupos de trabalho no sector do petróleo e do gás (especificamente na indústria de refinação) para responder às preocupações ambientais relevantes.
  • Além de pertencer ao BCSD Portugal, a Galp aderiu recentemente ao seu grupo de trabalho sobre a Biodiversidade, contribuindo para a apresentação de soluções para proteger e preservar a biodiversidade.

Galp adere à iniciativa act4nature

Aderimos ao act4nature Portugal, uma iniciativa promovida pelo BCSD Portugal, no âmbito do act4nature internacional. Este programa mobiliza as empresas para a proteção e recuperação da biodiversidade, incentivando-as a aderir e a subscrever 10 compromissos comuns, juntamente com ambições individuais, alinhados com as suas atividades específicas. Pode consultar mais informações no website do act4nature Portugal.
  • A Galp associou-se à Universidade de Zaragoza (UNIZAR) e ao Centro de Investigação e Tecnologia Agroalimentar de Aragão (CITA) para desenvolver um plano de renaturalização dos parques solares da região de Aragão, em Espanha. Entre outros benefícios, o plano visa proteger e melhorar a biodiversidade local e regenerar o solo.
  • PRIMILART: A Galp desenvolveu iniciativas de proteção do habitat do cernicalo primilla (em alinhamento com a Diretiva Europeia Aves e o Plano Nacional de Proteção), incluindo a criação de abrigos. Esta iniciativa vai para além da conservação, promovendo um movimento artístico cultural em torno do “primillar”, trazendo valor para a comunidade e sensibilizando para a biodiversidade, as tradições e o património cultural.
  • Dia Mundial do Ambiente: No dia 5 de junho, várias equipas da Galp visitaram as nossas centrais solares de Alcoutim, Aragão e Minas Gerais (Central Vereda) para celebrar este dia. O evento incluiu atividades como a visita a centrais fotovoltaicas e a instalação de equipamentos dedicados ao aumento da biodiversidade (por exemplo, sensores acústicos, hotéis para insetos e abrigos para morcegos e aves). Foram apresentados planos de ação para projetos de biodiversidade e de economia circular, incluindo a reciclagem de plástico e de equipamento eletrónico.

Dia da Terra

Na semana de 21 a 25 de abril de 2023, a Galp celebrou o Dia da Terra. Juntámos os pequenos Energisers da família Galp para comemorar este dia com atividades divertidas e lúdicas nas Torres de Lisboa e na Refinaria de Sines. Juntamente com a Águas do Tejo Atlântico e a Sociedade Ponto Verde, organizámos atividades lúdicas de sensibilização para práticas sustentáveis, nomeadamente nas temáticas da água (ciclo da água, tratamento de águas residuais, eficiência) e reciclagem. Sugerimos também documentários e livros, entre outros materiais, para sensibilizar para temas relacionados com a natureza.

Case Studies

UNIZAR
Moatize
CRASSA
"Vinum Solis"
PrimillArt

Plano de Renaturalização de Aragón

A Galp estabeleceu uma parceria com a Universidade de Zaragoza (UNIZAR) e o Centro de Investigação e Tecnologia Agroalimentar de Aragón (CITA) para o desenvolvimento de um Plano de Renaturalização para os parques solares na região de Aragón – Espanha. Este plano tem como objetivo proteger e aumentar a biodiversidade local, promover a renaturalização do ecossistema, além de regenerar o solo, entre outros benefícios.

Até ao momento, já foram realizadas várias monitorizações da avifauna e implementadas algumas das iniciativas, tais como: plantação de espécies aromáticas e medicinais (Artemisia, Tomilho e Santolina) entre os painéis fotovoltaicos e numa parcela do terreno, instalação de hotéis para insetos polinizadores e de caixas-abrigo para aves e morcegos.

Tratando-se de um projeto piloto na região de Espanha, esperamos obter resultados positivos para que possamos expandir as nossas ações e replicar estas iniciativas em outras plantas solares de forma a atingirmos o Net Positive Impact (NPI).

 

Saiba mais aqui

 

​Em 2022 a Galp concluiu a sua parceria no projeto "Uma Criança, Uma Árvore" em Moçambique, colaborando com as associações Filhas de Maria Auxiliadora e Amigos de Inharrime com o intuito de promover a sustentabilidade  ambiental em Moatize, através da sensibilização da comunidade e da plantação de árvores na rua para combater as  duras condições climatéricas e promover a reflorestação do distrito de Moatize.

Saiba mais aqui

 

 

A refinaria de Sines está a trabalhar com a Quercus no apoio ao projeto CRASSA (Centro de Recuperação de Animais Selvagens de Santo André), localizado no Sudoeste Alentejano. O âmbito do projeto passa pela recuperação de animais feridos, seguida da sua devolução ao respetivo habitat natural. Dos 342 animais recebidos em 2022, 326 foram devolvidos à natureza. O CRASSA também promove iniciativas de investigação e educação ambiental, sensibilizando a comunidade. Em 2022, 80 voluntários e estagiários juntaram-se à instituição, tendo a oportunidade de desenvolver competências técnicas e soft skills em diferentes áreas, tais como a biologia, veterinária, comportamento animal, trabalho de equipa, autonomia, entre outras. Também foram realizadas várias sessões de educação ambiental, envolvendo voluntários e estagiários, autoridades e a comunidade local.

 

Saiba mais aqui

A Galp, em parceria com o Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa (ISA), está a realizar um estudo piloto sobre painéis fotovoltaicos nas vinhas da Tapada da Ajuda em Lisboa, no âmbito de uma nova abordagem sustentável à viticultura. A ideia é que a cobertura parcial ou total de uma vinha com painéis solares deverá ajudar a reduzir os níveis de radiação a que as plantas estão expostas. Além disso, os painéis serão também utilizados para produzir energia destinada a parte da procura de eletricidade no ISA.

 

Saiba mais aqui

Arte em Defesa da Biodiversidade

O projeto-piloto PrimillArt, localizado em Aragón, Espanha, é uma iniciativa que integra energia renovável, conservação da biodiversidade e arte. O principal objetivo do projeto é proteger os francelhos, uma espécie vulnerável de falcão que enfrenta sérios desafios de conservação. Para isso, foram construídos primillares, abrigos para essas aves, nas imediações das centrais fotovoltaicas.

Um desses primillares foi transformado numa exposição artística ao ar livre. A iniciativa consistiu em convidar um street artist para pintar o primillar com elementos que representassem a cultura e os valores locais. Essa transformação não só melhorou a integração da estrutura na paisagem, mas também promoveu a sensibilização ambiental através da arte.

O PrimillArt demonstra como projetos de energia renovável podem ser desenvolvidos com um compromisso socioambiental, aliados à preservação das espécies e à valorização da cultura local.

Saiba mais aqui.