Tipos de óleos lubrificantes: guia completo com todas as dúvidas esclarecidas

Existem três tipos de óleos lubrificantes: 100% sintéticos, semissintéticos e minerais. Dentro de cada tipo encontrará diferentes níveis de viscosidade. Esta viscosidade é o mais importante quando escolhe o óleo lubrificante para o seu motor. Mas, como verá abaixo, o tipo de óleo que escolhe, também influencia e muito a sua performance.  

Neste guia, explicamos-lhe as diferenças entre os 3 tipos de óleos lubrificantes, a função dos níveis de viscosidade e o que deve ter em conta ao mudar ou repor os níveis de óleo.  

Tipos de óleos lubrificantes e o seu impacto na performance e longevidade do motor 

Os óleos 100% sintéticos são produzidos em laboratório e dão maior estabilidade à viscosidade do óleo mediante as variações de temperatura. Têm menores perdas por evaporação e são mais resistentes à oxidação.  

O que isto quer dizer em termos de utilização? Estes tipos de óleos lubrificantes são ideais em situações onde as temperaturas de funcionamento e condições de utilização dos motores são mais difíceis, como por exemplo, motores de alto rendimento ou de competição. De forma muito direta, são os óleos que promovem a melhor performance do motor. São, por isso, também os mais caros.  

Os óleos minerais são derivados do petróleo. Estes tipos de óleos lubrificantes apresentam um nível de degradação superior em relação aos sintéticos, levando a uma perda da viscosidade do óleo em altas temperaturas e a um maior risco de corrosão dos componentes do motor.  

Já os óleos semissintéticos equilibram os dois tipos de óleos lubrificantes mencionados acima. São, à semelhança dos óleos sintéticos, produzidos em laboratório, mas têm a adição de um ou mais óleos minerais de elevada qualidade. São uma escolha segura para quem tem um carro de baixa ou média cilindrada e privilegia uma boa relação qualidade-preço na altura de comprar o óleo.  

Se até aqui falamos dos diferentes tipos de óleos lubrificantes, agora há que perceber o que é isto da viscosidade de cada um e como isso influencia a sua performance. Para isso, convidamo-lo a aprender a ler a o rótulo de uma embalagem de óleo. 
 

Como ler o rótulo de uma embalagem de óleo e entender os níveis de viscosidade? 

A partir da leitura do rótulo de uma embalagem consegue perceber como diferem as características de cada tipo de óleo. Abaixo, tomaremos como exemplo um dos óleos lubrificantes da Galp. Para além de lhe explicarmos o que cada número, letra ou palavra significa, indicamos-lhe como é que influenciam a performance do carro. 
  

 
Os pontos 1 e 2 são os primeiros a analisar. Eles indicam, respetivamente, o grau de viscosidade do óleo em baixas temperaturas (quando o motor está em repouso) e em temperaturas altas (com o motor em funcionamento).  

Por exemplo, no ponto 1, quanto menor o número, maior será a fluidez do óleo em baixas temperaturas, ajudando o motor a arrancar melhor.  

Já no ponto 2, quanto maior o número, maior será a sua viscosidade em altas temperaturas. Resultado? A película lubrificante formada é maior, protegendo mais o motor.  

Quanto ao acrónimo SAE, este significa “Society of Automotive Engineers”. Esta instituição é responsável por padronizar e classificar a viscosidade dos óleos lubrificantes.  

No ponto 3 tem indicado através de um ícone o tipo de veículo a que se adequa um determinado óleo lubrificante. Neste caso, a uma viatura ligeira de passageiros.  

O ponto 4 refere-se ao tipo de lubrificante que é, mediante os diferentes tipos de óleo que combina. Como vimos, os óleos lubrificantes podem ser 100% sintéticos, semissintéticos ou minerais.  

Nos óleos mais recentes, poderá encontrar a indicação “Low Saps”. Estes tipos de óleos lubrificantes são de utilização obrigatória nos automóveis mais recentes. De forma simples, o que este tipo de óleo faz é diminuir a emissão de gases poluentes. 

Posso mudar a marca e a tipologia do óleo, desde que tenha as mesmas características?

Se precisar de repor os níveis de óleo, deve fazê-lo sempre com um óleo das mesmas características (ou, em último caso, de características superiores). Se o seu automóvel utiliza um 5W-30, deve repor os níveis com um 5W-30. Independentemente da marca e da sua tipologia (sintético, semissintético ou mineral). Se o óleo que utiliza e o novo que irá utilizar são certificados (procura pelas siglas API/ACEA na embalagem), podem ser misturados.  

Pode também repor os níveis de óleo com um lubrificante superior ao existente. No entanto, saiba que o óleo superior irá, de certa forma, diluir-se no inferior, não tendo a performance superior que teria se fosse o único tipo de óleo lubrificante existente no motor.  

Se fizer uma mudança completa do óleo e filtro de óleo e desejar alterar as características do seu óleo, deverá sempre fazê-lo para um óleo superior. Se, por exemplo, utilizava um 5W-30, deverá passar para um 0W-30, 5W-40 ou um 0W-40.  
 

Tem dúvidas quanto ao óleo lubrificante do motor do seu carro? Utilize o simulador da Galp para encontrar o óleo certo.