Energia eólica offshore: quais as vantagens de ter eólicas no mar?

A energia eólica no mar tem vindo a expandir-se um pouco por todo o mundo e é cada vez mais uma alternativa entre o rol de energias renováveis disponíveis. 

Na Europa, a capacidade de produção de energia eólica offshore ultrapassou as 5.000 turbinas em 2020, gerando um total de 25GW em 12 países. Até 2030, a União Europeia espera contar com uma capacidade instalada de 60GW e até 2050 de 300GW. 

Conheça mais sobre esta forma de produção de energia renovável e como pode mudar o panorama do consumo energético. 

O que é a energia eólica no mar? 

A energia eólica offshore consiste na instalação de turbinas eólicas no mar, longe das zonas costeiras e das rotas de tráfego marítimo. Desta forma, é aproveitada a força do vento em alto mar, onde a sua velocidade é maior e mais constante. 

Os parques eólicos podem situar-se em águas pouco profundas, com cerca de 60 metros de profundidade, onde as torres eólicas são ancoradas ao fundo do mar, ou em alto mar, onde as turbinas são apoiadas em estruturas flutuantes, que por sua vez são ancoradas ao fundo do mar.  

A capacidade de produção de energia eólica no mar é bastante maior do que em terra – 12MW contra apenas 5,6MW em terra. 

Como funciona a energia eólica no mar? 

A produção de energia eólica no mar está sempre condicionada à força do vento e acontece através das turbinas eólicas, que são acionadas pela força do vento. Depois, um aerogerador faz a conversão da energia cinética para energia elétrica. 

A eletricidade é então conduzida ao interior da torre e o conversor converte-a de corrente contínua para corrente alternada. Esta eletricidade é, depois, transmitida para uma subestação através de cabos submarinos e assim chega à rede de distribuição. 

Quanto maior o tamanho da turbina e a intensidade do vento, mais energia é produzida. 

Vantagens e desvantagens da energia eólica no mar

As vantagens de ter energia eólica no mar são inegáveis: 

• É uma energia limpa e inesgotável, livre de emissões poluentes para a atmosfera; 
• A capacidade de produção de energia no mar é o dobro da produzida em terra, uma vez que os ventos são mais constantes e não encontram obstáculos, como as montanhas, que condicionam a ação do vento; 
• O facto de serem instaladas em alto mar faz com que o impacto visual e acústico destas turbinas seja reduzido; 
• No mar é, também, possível colocar turbinas maiores, já que não há limite de peso no transporte dos componentes por via marítima. 

Existem, também, algumas desvantagens, nomeadamente: 

• O impacto da vibração; 
• A emissão de campos eletromagnéticos; 
• Custos elevados de manutenção dos parques eólicos offshore; 
• A degradação dos solos e consequências em organismos que habitam no fundo do mar. 

O caso português 

Portugal tem, atualmente, uma capacidade de produção de energia eólica offshore de 25 megawatts, com o projeto Windfloat Atlantic. Contudo, o Governo pretende chegar a uma capacidade de 10 gigawatts (GW) até 2030. 

Para isso, foi lançada uma consulta pública, tendo em vista criar o primeiro leilão português de eólicas offshore. 

A maior área de instalação será ao largo da Figueira da Foz, com 1.237 km² e uma capacidade potencial de 4GW. As outras áreas possíveis ficam ao largo de Viana do Castelo (663km2 e uma capacidade potencial de 2GW), Leixões (463 km² e uma capacidade de 1,5GW), Ericeira e Sintra/Cascais (300 km² e até 1GW de capacidade) e Sines em dois espaços distintos (499k km² e 1,5GW de capacidade) para que haja uma zona de navegação para o Porto de Sines. 

Uma oportunidade para Portugal continuar a crescer em matéria de energias renováveis 

Galp prossegue caminho de sustentabilidade 

A Galp mantém o seu compromisso de implementar medidas para minimizar os impactos ambientais da sua atividade e tem apostado fortemente na produção e utilização de energias renováveis no seu mix de energias, com a eólica a corresponder a cerca de 15% da energia injetada na rede, superando a energia hídrica e outras renováveis. 

Além disso, no final de 2022, a Galp foi a  empresa com maior índice de sustentabilidade do seu setor no Dow Jones Sustainability Indices e conseguiu classificações de topo em alguns dos mais importantes índices globais de governança ambiental, social e corporativa (ESG).