20 JUL 2021
Empresas com energias limpas mais preparadas para os impactos da COVID-19
Estes 5 fatores demonstram o sucesso das energias limpas durante a primeira vaga da pandemia.
A Comissão Europeia reforçou o seu compromisso com o Green Deal ao indicar que a recuperação económica pós-Covid deverá ser uma recuperação verde. E argumentos que suportam esta estratégia estão fundamentados no sucesso das energias limpas durante a primeira vaga da pandemia.
Neste artigo guiamo-lo não só pelas razões que tornaram as empresas com energias limpas mais resilientes à pandemia, mas também às razões que levarão ao seu sucesso num período de curto a médio-prazo.
5 Razões que demonstram o sucesso das empresas com energias limpas durante a pandemia
1# O impacto da Covid-19 nos combustíveis fósseis
Durante a primeira vaga da Covid-19 o preço do petróleo caiu substancialmente, com a produção a ultrapassar a procura em grande número. Em Abril de 2020 o petróleo chegou mesmo a estar a valores abaixo de zero.
2# Menor consumo de eletricidade na UE, maior produção de energia limpa
A primeira vaga da Covid-19 levou a um menor consumo de eletricidade. Ao todo houve uma queda de 7% neste consumo. Ao mesmo tempo, a geração de energia renovável cresceu 11%, enquanto a energia fóssil caiu 18%.
Resultado? Pela primeira vez a maior parte da eletricidade consumida na UE veio de fontes renováveis, representando 40% do consumo, enquanto os combustíveis fósseis representaram 34%. E o ambiente também saiu a ganhar, com as emissões de dióxido de carbono do setor elétrico a caírem 23%.
3# O custo das energias solares e eólica está a cair
Com o investimento e inovação contínua nas energias solares, com a adoção de medidas económicas em larga escala e com o aumento da concorrência, o preço das energias limpas tem diminuído de ano para ano.
Só na energia solar, entre 2020 e 2025 é esperada uma quebra de preços de cerca de 17% e com a ambição da União Europeia em desenvolver soluções de energia eólica no mar em grande escala, espera-se que também que esta continue a descer no seu preço.
4# Investimentos comunitários estão fortemente orientados para as energias limpas
O Pacto Ecológico Europeu (Green Deal) reforça o compromisso da Europa para atingir a neutralidade carbónica até 2050. A eficiência energética e as fontes de energia renováveis são dois pilares deste pacto, que demonstra que mais uma grande fatia dos investimentos e políticas comunitárias estarão orientadas para as energias limpas.
Se empresas com energias limpas lidaram melhor com a crise, terão ainda mais oportunidades para crescer aproveitando as novas medidas implementadas pela Comissão Europeia.
5# Fundos ESG continuam a valorizar
Numa perspetiva puramente económica, os fundos de investimento que negociam ações sustentáveis e socialmente responsáveis continuam a valorizar.
Só na primeira metade de 2020, os Fundos ESG captaram 14 mil milhões de euros, enquanto outros fundos mais tradicionais foram alvos de resgate.
Mas não é só a Covid-19 que reforça a posição das energias limpas em tempos de crise
Em regiões onde a rede elétrica não é fiável ou mesmo inexistente, as tecnologias de energia limpa fornecem soluções que podem ser implementadas rapidamente. Em África, por exemplo, é mais fácil instalar centrais de energia solar junto de aldeias remotas, do que trazer uma rede de distribuição elétrica até estas regiões distantes.
Em Moçambique, foi isto mesmo que a Galp fez em parceria com a Fundação FUNAE. O projeto Energiza levou eletricidade a mais de 6 mil moçambicanos, permitindo que hospitais, escolas e comércio tivessem a energia que tanto precisavam .
Saiba mais sobre o projeto Energiza no vídeo abaixo: