O impacto ambiental da pandemia Covid-19

O primeiro semestre de 2020 foi atípico. O período de confinamento causado pela Covid-19 mudou todos os planos e previsões. Até a previsão do “Dia de Sobrecarga da Terra”. Tendemos a olhar para a pandemia como algo apenas negativo, mas como em tudo, há lições a reter e são elas que nos aproximam de um futuro melhor

Do impacto da Covid-19 às lições para um futuro mais sustentável

O impacto na qualidade do ar 
O NO2 - dióxido de azoto - é uma das partículas mais nocivas para a qualidade do ar. Resulta maioritariamente da atividade industrial e dos transportes. 
Só em Lisboa, durante o período de confinamento, a quantidade de NO2 no ar diminuiu 80%. No Porto chegou a diminuir 60%. Em todo mundo, vimos locais como na China e na Índia a ficarem livres do smog que acinzentava as cidades. 
No vídeo da Agência Espacial Europeia abaixo, pode ver imagens de satélite que confirmam a melhoria da qualidade do ar na China. Com a introdução do período de confinamento o vermelho da má qualidade foi dando lugar ao azul da boa qualidade de ar. 

O Dia de Sobrecarga da Terra foi adiado
Em 2019, o “Dia de Sobrecarga da Terra” ocorreu a 29 de Julho. Este dia assinala o momento do ano em que a humanidade gasta todos os recursos naturais que tinha para usar desse ano. A partir daí começa a usar os recursos naturais que estavam “guardados” para o ano seguinte. 
Para 2020, este dia foi adiado para 22 de Agosto. Isto graças ao impacto da Covid-19 na economia e sociedade mundial. A pegada ecológica da população mundial reduziu em 9.3% em relação ao mesmo período do ano passado. Só a pegada de carbono por si só reduziu 14,5%.
Há 15 anos que o “Dia de Sobrecarga da Terra” não acontecia tão tarde. 

Ainda uma curiosidade específica acerca de Portugal: 25 de Maio de 2020. Esta era a data para a qual estava projetado o “Dia de Sobrecarga da Terra” se toda a população mundial tivesse uma pegada ecológica semelhante à dos portugueses. Também com a Covid-19, este dia foi adiado mais para a frente. 
 
 

As lições ambientais da Covid-19
Da agricultura à mobilidade passando até pela forma como trabalhamos. A Covid-19 mudou a rotina da sociedade e parte dessa mudança refletiu-se positivamente no ambiente. Quais são as lições que podemos começar a aplicar já hoje? 

1# Mais teletrabalho e videoconferências
O confinamento levou-nos todos para casa, mas o trabalho continuou. A Covid-19 provou que há mais espaço e confiança para apostar no teletrabalho. Que há mais espaço para videoconferências em vez de deslocações para reuniões fora da empresa.  E com menos deslocações, menos emissões originados pelo transporte.
 
2# Mobilidade elétrica
Há muito que se diz que o futuro é elétrico. E há que aproveitar a motivação dada pelos impactos positivos da pandemia no ambiente para acelerar essa transformação. A mobilidade elétrica é essencial para a diminuição de gases nocivos para nós e para o ambiente. 
A Galp, que já detém a maior rede de pontos de carregamento rápidos em Portugal, está a trabalhar na sua expansão. Pode descobrir esta rede aqui. 
 
3# Mais energias renováveis nas empresas
A diminuição da atividade industrial teve um impacto claro e positivo no ambiente. É necessário que ela retome, mas tão importante quanto isso, é que seja uma retoma mais sustentável. A aposta em energias renováveis aqui é essencial para diminuir a pegada ecológica. A melhoria de processos e a diminuição de desperdícios é igualmente importante. 
Melhorar a eficiência, reduzir os custos e prevenir avarias são 3 pontos que a Galp aplica quando trabalha como parceira de uma empresa. Saiba mais sobre as vantagens da Galp Empresas aqui.
 
4# Diminuir o desperdício de alimentos
Com muitas indústrias a diminuir o seu trabalho intensivo durante a pandemia, como a indústria da madeira, outras mantiveram-se iguais. Segundo a Global Footprint Network, o desperdício de comida manteve-se igual aos anos anteriores. É preciso fazer um esforço, desde a agricultura ao retalho e consumidor final, para reduzir este desperdício. 
 
5# Preservar os ecossistemas 
Os ecossistemas encontram-se sob grande pressão com a crise de emergência climática. Trabalhar numa economia circular, apostar nas energias renováveis e investir em negócios como o ecoturismo ajudará a diminuir essa pressão, enquanto se educa e sensibiliza a população.