08 SEP 2020

Covid-19 e o comércio internacional: um guia para as empresas

O impacto, as medidas a tomar e o que esperar do futuro do comércio internacional. Um guia em 4 passos para a sua empresa.

cidade cheia de luzes à noite

No passado mês de fevereiro, a Associação Empresarial de Portugal (AEP) levou uma comitiva de 35 empresas a países do Médio Oriente, América do Sul e África. O objetivo: fomentar a internacionalização das mesmas e aumentar o comércio internacional. 
No mês seguinte, é declarada a pandemia mundial, as fronteiras fecham-se e surgem novos desafios: o que pode ser feito para a internacionalizar empresas? Quais as limitações ao comércio internacional? Existem sinais de esperança?

Com estes quatro pontos entenda o impacto, as medidas de apoio e o que esperar do futuro do comércio internacional pós Covid-19.

1# O impacto da Covid-19 nos principais mercados de exportação das empresas portuguesas
As limitações ao comércio internacional foram impostas um pouco por todo o mundo. A AICEP Portugal Global, E.P.E., preparou uma landing page com as restrições por mercado. Por exemplo, se as exportações da sua empresa têm como fim a Alemanha, basta clicar na referência deste país para descobrir as limitações em vigor. Pode consultar a lista de todos os países aqui.

2# As medidas que estão a suportar o comércio internacional
2.1# Seguros de crédito à exportação com garantias de Estado
O Estado e a União Europeia têm disponíveis plafonds que vão desde os 100 aos 300 milhões de euros para linhas de seguro à exportação. Conheça-as ao detalhe aqui, na questão 3 dos “Apoios às Empresas”

 2.2# Corredores verdes nas fronteiras para o transporte de mercadorias
Definidos pela União Europeia, estes corredores devem estar abertos a todos os veículos de transporte de mercadorias, independentemente do tipo de mercadorias transportadas.

3# Mesmo em tempos de Covid-19, é possível internacionalizar.
Inovar ou responder aos desafios mais urgentes da pandemia são dois caminhos para internacionalizar neste momento. Damos-lhe dois exemplos reais:

 3.1# Projetos de resposta à Covid-19
A ANI – Agência Nacional de Inovação - disponibilizou 2,7 milhões de euros para financiar três projetos de resposta à Covid-19. São eles: produção de equipamentos de proteção individual; projeto de desenvolvimento de ventiladores; e testes de diagnóstico mais simples e baratos.
Todos estes projetos têm o mesmo objetivo: autonomizar a resposta de Portugal à crise atual, mobilizar as cadeias de produção do país e projetar a capacidade de exportação deste tipo de produtos.

 3.2# A startup Remote e uma ronda seed incrível durante a Covid-19
A Remote é uma startup que criou uma plataforma para gestão de recursos humanos em teletrabalho. A própria equipa da Remote trabalha desde sempre em teletrabalho, sendo que metade dos seus colaboradores vive em Braga. 
Numa altura onde um pouco por todo o mundo, todas as empresas estão a trabalhar remotamente, a Remote conseguiu angariar um investimento de 11 milhões de dólares. Um investimento que irá canalizar para se internacionalizar em 40 novos mercados. E tudo o que bastou foi inovar e olhar para o futuro do mercado do trabalho. 

 3.3# A e-residency da Estónia
A e-residency da Estónia é um programa que permite que empreendedores de qualquer parte do mundo, abram a sua empresa na Estónia e a possam gerir totalmente online. 
Através deste programa, o governo da Estónia emite uma identidade legal, que permite a qualquer empreendedor entrar no mundo de negócios da Estónia sem sair do sofá.

4# A internacionalização das empresas e o comércio internacional no pós Covid-19.
Se tudo estivesse normal e a pandemia nunca tivesse acontecido, as empresas não iriam acelerar a sua transformação digital. Mas hoje temos empresas em todo o mundo a fazê-lo. 
Segundo Yuval Noah Harari, em declarações ao Financial Times, as empresas estão agora obrigadas a tomar medidas de emergência. E estas medidas, embora sejam tomadas a curto prazo, tornar-se-ão um elemento da vida das empresas no pós Covid-19

Os investimentos tecnológicos que estão a ser feitos hoje, facilitam a implementação de projetos de mobilidade virtual e de diálogo global. Isto leva-nos a crer que no futuro iremos ver empresas mais sustentáveis e objetivas, cortando em despesas de deslocações em prol das tecnologias de comunicação online.

Também deveremos equacionar a internacionalização das empresas na contratação de recursos humanos. O teletrabalho que se aplica hoje está a criar uma nova cultura de flexibilidade empresarial. A independência da localização significa que as empresas começarão a contratar talentos em qualquer lugar do mundo, sem que eles precisam de sair de casa. Isto tanto diminui os custos para a empresa, como é uma vantagem na implementação e aculturação da mesma a novos mercados.
 

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Filipe Augusto Santos

publicado por Filipe Augusto Santos

Apaixonado pelo trabalho, e um verdadeiro entusiasta da cultura automóvel. Para este profissional, fazer todo-o-terreno para fugir à rotina citadina é um must-do! Quando o trabalho de gestor de marketing o permite, contribui para os blogues da Galp Empresas, Casa e Estrada.

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