15 FEB 2021

Case study: Amazon já faz entregas por drone

Analisamos as razões, os problemas e as soluções em que a Amazon trabalhou até ter o seu primeiro drone certificado para realizar entregas. 

Case study - Amazon já faz entregas por drone

Os drones são um dos pilares do futuro, com aplicações para o setor da agricultura, com funções de vigilância e segurança, até à entrega de encomendas. 

É neste último aspeto que a Amazon se tem desdobrado nos últimos anos através do seu projeto Amazon Prime Air.  

 

O porquê da aposta da Amazon nos drones de entregas 

A Amazon é o maior e-commerce mundial. O seu CEO é o homem mais rico da história moderno. E nada disto acontece só por acaso. 

A Amazon começou como uma livraria online, mas consistentemente procurou as soluções certas para expandir o seu negócio. E essas soluções foram sempre ao encontro do que os clientes procuravam. 

Desde o início, esta empresa percebeu que os clientes queriam um serviço de entregas mais rápido e por esse motivo criaram o Prime. Para continuar a ganhar maior quota de mercado e diversificar a sua oferta, a Amazon tornou a marca Amazon Prime também num serviço de conteúdos on-demand. Afinal, o seu público não era só ávido por objetos, por compras, mas sim por entretenimento.  

É esta análise ao público-alvo, não só aquilo que ele quer hoje, mas também àquilo que ele quer amanhã e que o tornará num cliente mais satisfeito, que está na base da aposta da Amazon nos drones. 

O Amazon Prime Air iniciou em 2013. Só passados 7 anos é a que a Amazon conseguiu apresentar um drone que fosse aprovado para uma fase de testes de voos comerciais.  

O objetivo destes drones é realizar entregas em menos de 24 horas, um serviço que irá aumentar seguramente a satisfação dos seus clientes. Clientes mais satisfeitos são mais leais à marca. E clientes leais, tanto defendem a marca trazendo novos clientes, como voltam sempre para comprar.  

Mas não é só na satisfação dos clientes que a Amazon revela a mestria no seu negócio. É também através da análise das suas vendas que a Amazon projeta este drone.  

O peso de 2,26 kg parece pouco para uma encomenda, mas na verdade a maioria das encomendas que a Amazon realiza têm menos do que isto. Este é também o peso máximo que o drone pode transportar.  

Amazon aposta nos drones de entregas

Mas durantes estes 7 anos, o que tornou tão difícil a aprovação da entrega por drones? Vamos analisar isto numa perspetiva de Problema - Solução.   

1# Problema: Voos pouco eficientes 

  • Solução: Design Híbrido 

A maioria dos drones voam de forma semelhante a um helicóptero. O drone da Amazon combina o voo de um helicóptero com o voo de um avião. 

A descolagem e aterragem são feitas de forma vertical e permitem mais estabilidade nestes momentos, o que favorece uma entrega segura da encomenda. O voo em si é realizado na horizontal, semelhante a um avião, o que torna o aparelho mais aerodinâmico e, consequentemente, mais rápido. 

As transições entre um modo e outro são feitas de forma suave. Pode ver um vídeo do drone abaixo.  

 

2# Problema: Questões de Segurança 

  • Solução: Inteligência Artificial 

Os dois maiores desafios que um drone encontra como serviços de entrega relacionam-se com a segurança. 

A segurança na circulação aérea, onde o drone não pode colidir com outros equipamentos ou obstáculos, sejam postes de eletricidade, sejam aviões. E a segurança no momento da entrega, que é a maior preocupação dos consumidores. 

Para responder a estes dois desafios, a Amazon fez atualizações ao design do drone, mas acima de tudo, apostou forte na inteligência artificial. E é esta aposta forte na IA que terá levado à aprovação e certificação necessária para iniciar a fase de testes com encomendas comerciais.  

 

Como funciona a inteligência artificial deste drone?  

Durante o voo, o drone é capaz de identificar objetos estáticos e em movimento a partir de qualquer direção. Diversos sensores no drone e um conjunto de algoritmos avançados conseguem identificar seja a chaminé de uma casa, seja um pássaro em movimento, adaptando a sua rota à segurança necessária.  

No momento de entrega, o drone tem de identificar uma área na casa do cliente que esteja livre de qualquer obstáculo, sejam pessoas, objetos ou animais. Os algoritmos da inteligência artificial são os responsáveis por fazer esta identificação e determinar as ordens de aterragem necessárias.  

Jeff Wilk, CEO da unidade de consumo da Amazon, diz mesmo que os novos drones são capazes de identificar objetos em movimentos melhor do que seres humanos. Este é o poder da inteligência artificial: resolver problemas atuais, criando soluções para o futuro.  

 

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Filipe Augusto Santos

publicado por Filipe Augusto Santos

Apaixonado pelo trabalho, e um verdadeiro entusiasta da cultura automóvel. Para este profissional, fazer todo-o-terreno para fugir à rotina citadina é um must-do! Quando o trabalho de gestor de marketing o permite, contribui para os blogues da Galp Empresas, Casa e Estrada.

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