A Galp vai ser um dos membros fundadores da Singularity University Portugal, a mais recente parceria local do projecto SingularityU, fundado em 2008 por Peter Diamandis e Ray Kurzweil na Califórnia, Estados Unidos. O anúncio foi feito esta terça-feira, durante o segundo dia da primeira conferência portuguesa da SingularityU, realizada no Novo Campus da Nova SBE, em Carcavelos, no âmbito de uma parceria estabelecida no nosso país com a Beta-i, a Câmara Municipal de Cascais e a Nova SBE – School of Business and Economics.
Focada em ajudar a construir um futuro melhor para Portugal e para o mundo, a Galp associou-se à SingularityU com o objetivo de promover e inspirar a inovação portuguesa, ajudando os líderes e empreendedores nacionais a fazer o cruzamento entre boas ideias e tecnologias emergentes, de forma a responder aos grandes desafios globais da sociedade.
Portugal é o quarto país parceiro da Singularity University, juntando-se à crescente rede global de parceiros deste projeto, que conta já com a SingularityU Nordics, a SingularityU Netherlands e a SingularityU Canada. A SU colabora com líderes dos próprios países de forma a levar o seu programa e perspetivas a executivos, empresários, políticos e empreendedores locais.
Na génese da SingularityU esteve a convicção dos seus fundadores sobre o facto de os maiores desafios mundiais serem, simultaneamente, grandes oportunidades para moldar um novo mundo. Para desenvolver esse conceito, Diamandis e Kurzweil decidiram criar não uma universidade no sentido académico ‘tradicional’, mas sim um “think-tank” que fizesse florescer novas formas de pensar, para mudar paradigmas e fomentar novas experiências de aprendizagem num ecossistema global e interconectado.
Neste contexto, o estatuto de membro fundador da Singularity University Portugal permitirá à Galp aportar a escala, o alcance, a visão e as infraestruturas que farão da versão portuguesa deste projecto um movimento verdadeiramente transformador e arrojado, com impacto concreto ao longo do tempo. Nesse sentido, a Galp irá trabalhar nos próximos três anos com os responsáveis pela implementação da Faculdade SingularityU em Portugal para ajudar a criar novos programas educativos focados nas tecnologias e sectores com maior impacto na atividade da energética e em Portugal nas próximas duas décadas.
“A Galp tem uma perspectiva de crescimento ímpar no sector energético. E numa indústria em transformação, onde a complexidade é crescente e o ritmo das mudanças é cada vez maior, os nossos líderes precisam de ferramentas, de conhecimentos e de uma rede de apoio que garantam o maior impacto possível na empresa e na sociedade. É nesse âmbito que a associação à SingularityU faz sentido, por ser um projeto que se distingue na abordagem aos temas das tecnologias exponenciais e por alimentar um ecossistema global de colaboradores e alumni – mais de 40 mil em todo o mundo – com quem podemos aprender e colaborar de forma inovadora”, sintetiza o Diretor de Pessoas da Galp, Paulo Pisano.
Segundo Ricardo Marvão, Diretor Executivo da SingularityU Portugal, “enquanto as startups portuguesas estão já a aplicar tecnologias de ponta em certas áreas de negócio para competirem a uma escala global, as empresas mais tradicionais dos setores da indústria e serviços estão agora a enfrentar vários desafios para conseguirem acompanhar o rápido ritmo de crescimento da tecnologia e inovação”. “Ao trazermos a Singularity University para Portugal, pretendemos dar acesso à educação e às ferramentas necessárias para que líderes, empresários e colaboradores possam estar constantemente atualizados sobre as novas oportunidades tecnológicas e as posicionem na vanguarda da inovação dentro das suas áreas”, explica.
A SingularityU Portugal irá promover programas desenhados à medida das empresas e dos seus executivos em torno de diversas áreas da tecnologia, refletindo sobre como é que estas áreas se cruzam com os vários sectores de negócio numa visão de futuro. Estes programas terão início já em 2019, assim como um programa executivo imersivo de “open-enrollment”, com especialistas vindos de todo o mundo, dentro de um leque que conta já com 250. Estes programas foram desenhados com foco nas tendências, tópicos e desafios exponenciais mais importantes para Portugal e para o futuro da sociedade. O público-alvo destes programas são líderes de grandes organizações, entidades governamentais, organizações sem fins lucrativos, assim como cientistas, educadores, empreendedores e outros líderes que pretendam moldar o futuro.