As operações de upstream e, em particular, o desenvolvimento dos projetos Lula e Iracema, entre os campos de maior crescimento do mundo, foram o grande motor de crescimento dos resultados da Galp no primeiro trimestre de 2018, compensando a menor contribuição da atividade de refinação, afetada pela descida das margens de referência nos mercados internacionais.
A produção média diária de petróleo e gás natural aumentou 18%, consolidando-se acima dos 100 mil barris diários, mais 16 mil barris do que os 88 mil barris diários registados um ano antes.
O principal contributo para este crescimento veio da última unidade flutuante a entrar em operação na região do pré-sal da bacia de Santos, no Brasil, a P66, que atingiu neste trimestre o ritmo de cruzeiro de produção à sua plena capacidade, menos de um ano depois de ter produzido o seu primeiro barril.
Isto significa que a Galp tem neste momento todas as suas sete unidades no Brasil a funcionar à sua máxima capacidade, compensando a diminuição da produção em Angola, que irá beneficiar da entrada em funcionamento, ainda este ano, de uma nova unidade de produção na área de Kaombo Norte, no Bloco 32, a que se seguirá uma segunda unidade no próximo ano. Ainda em 2018, prevê-se a entrada de duas unidades de produção adicionais no campo de Lula.
A recuperação das cotações do crude contribuiu para que este incremento da produção se traduzisse num aumento de €114 milhões do Ebitda ajustado (RCA) da área de Exploração e Produção, que totalizou €293 milhões, mais 63% do que no primeiro trimestre de 2017. O Ebit RCA aumentou €128 milhões para €210 milhões.
Como sucede frequentemente quando as cotações do crude recuperam, as margens de refinação europeias reduziram-se, o que se refletiu nos resultados da área de Refinação & Distribuição (R&D) de produtos petrolíferos, que este trimestre contou ainda com uma paragem para manutenção que explica a redução de 4% nas matérias-primas processadas em Sines e Matosinhos.
O resultado combinado destes dois efeitos foi uma diminuição de 34% do Ebitda RCA da unidade de R&D nos primeiros três meses do ano, para €122 milhões. O Ebit RCA foi de €33 milhões.
Na área de gás e eletricidade (G&P), a falta de oportunidades de comercialização de gás natural (GN) e gás natural liquefeito (GNL) nos mercados internacionais (-13%) foi apenas parcialmente coberta pelo aumento das vendas a clientes diretos (+7%), o que, em termos agregados, se traduziu numa diminuição de 2% das vendas totais de gás natural.
O Ebitda RCA do negócio de G&P aumentou €14 milhões para €34 milhões, enquanto o Ebit se fixou em €28 milhões, uma melhoria de €14 milhões face ao 1º trimestre de 2017, afetado por restrições de aprovisionamento.
Crescimento internacional impulsiona resultados
A evolução da produção de petróleo e gás aliada à recuperação das cotações do crude, ao foco na performance operacional e ao rigor na execução dos investimentos permitiu que o resultado líquido ajustado da Galp no primeiro trimestre tenha progredido em €57 milhões, totalizando €135 milhões.
O Ebitda ajustado saldou-se em €455 milhões, mais 17% do que no mesmo período do ano passado, enquanto o Ebit RCA melhorou 42%, para €278 milhões. De acordo com as normas IFRS, o resultado líquido aumentou 15% para €130 milhões, o Ebitda subiu 9% para €497 milhões e o Ebit melhorou 22% para €319 milhões.
O investimento totalizou €146 milhões, dos quais 80% foram alocados a atividades de E&P. O free cash flow foi positivo em €29 milhões. O cash flow das atividades operacionais foi de €245 milhões. A dívida líquida situava-se nos €1.885 milhões no final de março, em linha com a do final de 2017.
O rácio dívida líquida para Ebitda situava-se em 1,0x.
A Galp é uma empresa de energia de base portuguesa, de capital aberto com presença internacional. As nossas atividades abrangem todas as fases da cadeia de valor do setor energético, da prospeção e extração de petróleo e gás natural, a partir de reservatórios situados quilómetros abaixo da superfície marítima, até ao desenvolvimento de soluções energéticas eficientes e ambientalmente sustentáveis para os nossos clientes – sejam grandes indústrias que procuram aumentar a sua competitividade, ou consumidores individuais que buscam as soluções mais flexíveis para as suas casas e necessidades de mobilidade. Contribuímos ainda para o desenvolvimento económico dos 11 países em que operamos e para o progresso social das comunidades que nos acolhem. A Galp emprega 6.389 pessoas.
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