14/11/2007 | Resultados

Resultado líquido em IFRS alcança 589 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2007

A Galp Energia apresentou, nos primeiros nove meses do ano, um resultado líquido de 589 milhões de euros e de 377 milhões de euros em termos ajustados, 18% acima do ano anterior, numa base pró-forma.

  • Produção working de crude nos 17,5 mil barris diários, 126% acima dos 7,7 mil barris registados nos primeiros nove meses de 2006;
  • Margem de refinação da Galp Energia aumentou 4% para os 5,7 usd/bbl, no entanto a desvalorização do dólar face ao Euro provocou que a margem de refinação em euros diminuísse 3% para os 4,3 Eur/bbl;
  • Aumento das vendas de produtos petrolíferos a clientes directos em 3%, com crescimentos em ambos os mercados, Portugal e Espanha;
  • Aumento de 5% nas vendas de gás natural para um total de 3.765 milhões de metros cúbicos;
  • EBITDA ajustado aumentou 9%, numa base pró-forma;
  • Resultado líquido de 589 milhões de euros, equivalente a um resultado por acção de 0,71 euros;
  • Resultado líquido ajustado(i.e., sem efeito stock e sem resultados não recorrentes) atingiu 377 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2007, cerca de 18% acima do ano anterior numa base pró-forma.

Indicadores financeiros
(ver quadro no documento pdf)

A Galp Energia apresentou, nos primeiros nove meses do ano, um resultado líquido de 589 milhões de euros e de 377 milhões de euros em termos ajustados, 18% acima do ano anterior, numa base pró-forma. Para este incremento contribuiu o aumento no resultado operacional de 15%, numa base pró-forma, bem como um melhor desempenho das empresas associadas. Ao nível do resultado operacional, o crescimento da actividade de Exploração & Produção, devido a um aumento de produção sustentado, permitiu compensar a descida verificada nas actividades de Refinação & Distribuição e Gas & Power, afectadas por condições de mercado exógenas menos favoráveis.

Exploração & Produção
(ver quadro no documento pdf)

Os resultados operacionais ajustados do segmento de Exploração & Produção, nos primeiros nove meses, foram de 121 milhões de euros, face aos 39 milhões de euros no ano anterior.

Nos primeiros nove meses de 2007, a produção working foi de 17,5 mil barris por dia, mais que duplicando face aos 7,7 mil barris por dia do ano anterior. O campo Benguela-Belize-Lobito-Tomboco (BBLT) foi o que mais contribuiu para este aumento, com 14,2 mil barris por dia. Já no que se refere à produção equity  total acumulada, foram produzidos 3,9 milhões barris, com o campo BBLT a contribuir com 85% da produção total, nos 3,3 milhões de barris. No Kuito, foram produzidos 0,5 milhões de barris, o equivalente a 12% da produção total.

Refinação & Distribuição de Produtos Petrolíferos
(ver quadro no documento pdf)

Na refinação e distribuição, o resultado operacional dos primeiros nove meses de 2007 atingiu os 477 milhões de euros, face aos 427 milhões de euros do ano anterior. Em termos ajustados, ou seja excluindo o efeito stock e os eventos não recorrentes, o resultado operacional foi de 257 milhões de euros e reduziu-se em 3%, face ao ano anterior. Num contexto internacional bastante adverso, nomeadamente em termos da evolução do dólar face ao euro, a Galp Energia conseguiu manter o nível dos resultados operacionais no segmento de Refinação & Distribuição.

Nos primeiros nove meses de 2007 foram tratadas 10,7 milhões de toneladas de matéria-prima nas refinarias da Galp Energia, uma redução de 4% face às 11,2 milhões de toneladas tratadas no ano anterior, em virtude das paragens das refinarias de Sines e Porto para manutenção que ocorreram ainda no decorrer do primeiro semestre. Devido a estas paragens, a taxa de utilização das unidades de destilação atmosférica reduziu-se de 84,9% para os 82,9%.

A cobertura da actividade de refinação pela actividade de distribuição de produtos petrolíferos aumentou, nos nove meses, de 65% para 71%. Do total de vendas registadas neste período, 58% são vendas a clientes directos, 26% vendas a outros operadores e 16% exportações. As vendas aos clientes directos aumentaram 3%, para os sete milhões de toneladas, sendo Espanha o mercado impulsionador deste incremento, com um aumento de 9%. Em Portugal e apesar da tendência decrescente do mercado, as vendas também aumentaram, mas em menor escala.

Gas & Power
(ver quadro no documento pdf)

Nos primeiros nove meses do ano, o resultado operacional do segmento de negócio Gas & Power atingiu 145 milhões de euros em termos ajustados, o que traduz uma diminuição de 3% numa base pró-forma.

As vendas de gás natural atingiram os 3.765 milhões de metros cúbicos, o que evidencia um crescimento da actividade comercial em 5%. O principal aumento registou-se no sub-segmento de trading, onde foram vendidos mais 234 milhões de metros cúbicos e que permitiram, mais do que compensar, a quebra nos levantamentos do sub-segmento eléctrico de 164 milhões de metros cúbicos. O subsegmento industrial, registou um aumento nos primeiro nove meses do ano de 60 milhões de metros cúbicos, resultado de maiores vendas às indústrias em cerca de 6%, e às centrais de cogeração em 4%, cujos consumos estiveram particularmente activos neste terceiro trimestre.

O portfolio de clientes do negócio da distribuição continuou a crescer, atingindo os 822 mil clientes. Em termos de consumo, e nas empresas participadas pela Galp energia, o incremento foi de 5%, para os 385 milhões de metros cúbicos, com os principais aumentos a virem do sub-segmento doméstico em 7% e dos grandes clientes em 4%.

As centrais de cogeração participadas pela Galp Energia produziram 1.187 Gwh, superando o ano anterior em 2%. Para essa produção, foram utilizados 130 milhões de metros cúbicos de gás natural.

Investimento
(ver quadro no documento pdf)

O investimento total, nos primeiros nove meses de 2007 ascendeu a 259 milhões de euros, o que representa um aumento de 29% face ao período homólogo de 2006, ou seja, mais 58 milhões de euros. O segmento de negócio de Exploração & Produção foi o que absorveu a maior fatia do investimento, 125 milhões de euros, ou seja 48% do total da Galp Energia, tendo sido essencialmente canalizado para os Blocos 14 e 32, em Angola. No Bloco 14 o investimento destinou-se sobretudo, a trabalhos de desenvolvimento do campo Tombua-Lândana e em menor grau, do campo BBLT. No Bloco 32, o investimento foi essencialmente direccionado para a realização de poços de exploração e avaliação.

No segmento de negócio Refinação & Distribuição foi investido um total de 70 milhões de euros. A actividade de refinação recebeu a maior fatia deste investimento,  direccionado essencialmente para investimentos gerais nas refinarias. Na actividade de distribuição, os investimentos concentraram-se em especial na construção e remodelação de estações de serviço, na aquisição de novas garrafas Pluma de GPL e na expansão do negócio de GPL canalizado.

No segmento de negócio Gas & Power o investimento totalizou 63 milhões de euros. Na área de distribuição de gás natural o investimento permitiu a conclusão de cerca de 556 quilómetros de rede secundária e a ligação de aproximadamente 51 mil clientes (clientes novos e clientes convertidos). Na área do Power, a construção da central de cogeração na refinaria de Sines foi o investimento mais significativo.

Capitalização bolsista
(ver quadro no documento pdf)

As acções da Galp Energia valorizaram-se 56% nos nove meses de 2007, sendo a cotação máxima neste período de 11,09€, no dia 30 de Julho. A valorização desde o início da Oferta Pública Inicial, que ocorreu a 23 de Outubro de 2006, é de 86%. Relativamente ao volume, foram transaccionadas cerca de 227,0 milhões de acções, correspondendo a uma média diária de 1,2 milhões de acções. A 28 de Setembro de 2007, a capitalização bolsista da Galp Energia ascendia a 8.981 milhões de euros.

Evolução da cotação da acção Galp Energia
(ver gráfico no documento pdf)
 

Bases de apresentação da informação

As demonstrações financeiras consolidadas não auditadas da Galp Energia, relativas aos seis meses findos em 30 de Junho de 2007 e 2006, foram elaboradas em conformidade com as International Finantial Reporting Standards (“IFRS”).

Em resultado das demonstrações financeiras serem elaboradas de acordo com as IFRS, o custo das mercadorias vendidas e matérias primas consumidas é valorizado a FIFO (“First In First Out”), o que pode originar uma grande volatilidade nos resultados em momentos em que existam grandes oscilações nos preços das mercadorias e das matérias primas, através de ganhos ou perdas de stocks que não reproduzem a verdadeira performance da Empresa, a que chamamos neste documento “efeito stock”.

Outro exemplo que pode afectar a análise dos resultados da Empresa, e que não reproduz o seu verdadeiro desempenho, são determinados eventos de carácter não recorrente, tais como ganhos ou perdas na alienação de activos, imparidades ou reposições de imobilizado e provisões ambientais ou de restruturação.

Com o objectivo de avaliar a verdadeira performance do negócio da Galp Energia, os resultados são ajustados pelo efeito stock, utilizando a metodologia replacement cost, e por eventos não recorrentes.

*Exclui a mais-valia e o custo líquido do unbundling

Imprimir

Partilhar: