A Refinaria de Sines vai ser palco de uma competição entre cientistas de dados de várias universidades portuguesas e europeias. O evento – denominado Datathon e organizado pela unidade de Transformação Digital da Galp –, decorre entre sexta-feira e domingo e reunirá data sicentists de oito universidades em torno de um desafio: otimizar a performance de uma unidade da refinaria de Sines, potenciando assim a capacidade global do aparelho refinador da Galp.
Os cientistas de dados presentes nesta competição internacional focada em dados obtidos dos processos, representam a Universidade de Valência, a Universidade de Castilla-La Mancha, a Liverpool John Moores University, o Instituto Superior Técnico, a Universidade de Coimbra, a Universidade de Aveiro, a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.
A análise final às propostas de cada equipa para responder ao desafio proposto pela Galp será feita por um prestigiado júri, numa cerimónia agendada para domingo. No caso de haver uma solução considerada vencedora, será atribuído um prémio de 50 mil euros à equipa que a apresentar.
Integrada na estratégia global da Galp para o desenvolvimento de soluções inovadoras que melhorem a eficiência das suas operações e processos e que contribuam para a redução de custos, esta iniciativa traduz também o compromisso da empresa na sua abertura ao ecossistema global de inovação e um novo passo firme no reconhecimento do papel fundamental que o big data tem na procura de soluções para os desafios que a indústria energética enfrenta.
“A Galp está empenhada em seguir a senda da transformação. É um processo irreversível, quer pelo caminho que a própria Galp estabeleceu para o seu futuro, quer pelas mudanças que atravessam toda a indústria. Os dados são o new fuel e o machine learning, a inteligência artificial e outras técnicas analíticas permitem dar um salto qualitativo e mensurável no conhecimento na tomada de decisões inteligentes, que transformam o negócio. A indústria 4.0 é um claro exemplo de que a utilização destas técnicas facilita a convergência OT /IT (Operational technology/ Information technology). A abertura a parcerias com a academia em áreas de vanguarda do conhecimento podem contribuir para acelerar este processo de transformação”, explica o Chief information and Digital Officer da Galp, Nuno Pedras.
A título de exemplo, recorde-se que já em 2018 a Galp tinha anunciado, em parceria com a IBM Brasil, o desenvolvimento de um projeto baseado em computação cognitiva que melhora significativamente os resultados na interpretação sísmica na área da exploração petrolífera e de gás.
No caso concreto deste Datathon, o objetivo é procurar resposta aos desafios associados aos ciclos de trabalho de uma unidade processual da Refinaria de Sines.
O aparelho refinador da Galp tem sido objeto de um trabalho de modernização constante, onde se integra com grande afirmação a Digitalização procurando-se um crescente envolvimento das suas Equipas e melhoria da eficiência das operações.
A Galp dispõe de um sistema refinador integrado moderno e de elevado nível de complexidade, constituído pelas refinarias de Sines e de Matosinhos, que, em conjunto, representam uma capacidade de processamento de crude de 330 mil barris por dia, cerca de 20% da capacidade de refinação Ibérica.