A Galp Energia, parceira do consórcio para a exploração do bloco BM-S-8, informa sobre a conclusão da perfuração do poço 4-SPS-86B (4-BRSA-971-SPS), localizado no bloco BM-S-8, em águas ultra-profundas, no pré-sal da bacia de Santos. Este é o terceiro poço perfurado na área do Plano de Avaliação de Descoberta (PAD) do 1-BRSA-532A-SPS (Bem-te-vi).
O poço, informalmente conhecido como Carcará, está localizado a 232 quilómetros da costa e foi perfurado em lâmina de água de 2.027 metros. A partir dos 5.742 metros, o poço identificou uma coluna significativa de pelo menos 471 metros de petróleo de 31º API, sendo 402 metros em reservatórios carbonáticos de excelentes características de porosidade e permeabilidade. Os dados de pressão obtidos indicam que aqueles reservatórios estão interconectados.
Por motivos operacionais não foi possível atingir a profundidade final prevista de 7.000 metros, nem executar os trabalhos complementares de avaliação. O poço foi abandonado provisoriamente, o que permite a retoma das operações no futuro.
Os dados recolhidos até ao momento, incluindo perfis, amostras laterais, fluídos e pressões, bem como análises petrofísicas, aliados ao conhecimento e experiência do consórcio em testes de formação e de longa duração em reservatórios do pré-sal, reforçam a expetativa de um elevado potencial de produção para a descoberta de Carcará. Em 2013, está prevista a perfuração de um poço de extensão, de forma a avaliar a produtividade dos reservatórios através de um teste de formação.
Diante deste potencial, o consórcio solicitou à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a extensão do prazo do PAD de Bem-te-vi, que acabaria no final de 2012. O consórcio aguarda a decisão da ANP sobre o assunto.
O consórcio prevê que a produção tenha início em 2018, sendo precedida da perfuração de poços de desenvolvimento em 2016 e 2017.
A Galp Energia, através da sua subsidiária Petrogal Brasil, detém uma participação de 14% no consórcio que explora o bloco BM‐S‐8, cabendo 66% à Petrobras (operadora), 10% à Barra Energia do Brasil Petróleo e Gás e 10% à Queiroz Galvão Exploração e Produção.
Nesta mesma bacia, de grande potencial exploratório, a Galp Energia detém ainda participações noutros três blocos: BM-S-11 (10%), BM-S-21 (20%) e BM-S-24 (20%).
Fonte: Galp Energia, SGPS, S.A.