A Galp apresenta hoje os resultados do segundo trimestre e primeiro semestre de 2021. Todos os documentos relacionados estão disponíveis no nosso site, aqui.
A Galp apresentou um desempenho financeiro robusto durante o primeiro semestre. Os nossos ativos conseguiram tirar partido da contínua recuperação do contexto macro, nomeadamente do aumento dos preços do Brent e da procura de produtos petrolíferos na Península Ibérica, fundamentais para a Galp apresentar resultados sólidos, gerando um free cash flow superior a €0,7 mil milhões e fortalecendo a sua posição financeira. No entanto, as restrições relacionadas com a pandemia estão ainda a impactar o nosso desempenho operacional, bem como as margens de refinação e os volumes das vendas comerciais. Ainda assim, já atingimos o nosso objetivo de rácio de alavancagem, o que nos permite ter confiança nas perspetivas de desempenho financeiro e na capacidade de manter uma proposta de investimento bastante competitiva e diferenciada.
No nosso Capital Markets Day, realizado em junho, a Galp apresentou uma estratégia atualizada com uma estrutura de alocação de capital clara, com foco em continuar a crescer a partir de um dos portefólios mais eficientes do sector, avançando simultaneamente com a transformação e a descarbonização das nossas atividades. Progredimos nessa direção durante a primeira metade do ano, dando passos significativos em desenvolvimentos chave que vão estar na base da nossa trajetória. Renovámos também a nossa estrutura organizacional e, com isso, promovemos algumas mudanças na nossa equipa executiva, com o objetivo de adotar um modelo de gestão mais ágil e eficiente para enfrentar desafios futuros.
Estes são tempos importantes na história da Galp, e estou confiante que iremos prosperar durante a transição energética.
Andy Brown, CEO da Galp
Segundo trimestre de 2021
O cash flow operacional ajustado (OCF)1 da Galp atingiu os €470 m, um aumento de €231 m YoY, dadas as condições macroeconómicas desafiantes de 2020, suportado numa maior contribuição do Upstream, assim como no melhor desempenho das atividades de downstream. O cash flow das atividades operacionais (CFFO) foi de €440 m.
A geração de free cash flow (FCF) atingiu os €228 m, enquanto que o investimento líquido durante o período foi de €186 m.
A dívida líquida ao final do período era de €1.711 m, com o rácio de dívida líquida para Ebitda RCA a diminuir para 1,0x.
O Ebitda RCA foi de €571 m, com os seguintes destaques:
- Upstream: O Ebitda RCA foi de €467 m, um aumento de €263 m YoY, refletindo o aumento dos preços do petróleo, os quais compensaram a menor produção, assim como a desvalorização do Dólar dos E.U.A. face ao Euro.
- Commercial: O Ebitda RCA foi de €73 m, um aumento de 22% YoY, refletindo o aumento da procura de produtos petrolíferos na sequência do alívio parcial das medidas de confinamento na Península Ibérica.
- Industrial & Energy Management: O Ebitda RCA foi de €50 m, um aumento de €31 m YoY, com as margens de refinação ainda pressionadas pelo contexto internacional. O Ebitda de Energy Management beneficiou de um efeito de desfasamento temporal relacionado com ganhos de derivados no segmento de trading gas, o qual deverá ser parcialmente revertido ao longo do segundo semestre de 2021.
- Renewables & New Businesses: O Ebitda RCA não foi relevante no 2T21, uma vez que a maioria das operações não são consolidadas. O Ebitda pró-forma2 das operações de renováveis atingiu os €17 m no período, impulsionado pelo preço solar capturado na Península Ibérica.
O Ebit RCA aumentou €362 m YoY para €305 m, suportado pelo melhor desempenho operacional, e apesar de incluir €50 m de imparidades em ativos de exploração no Upstream.
O resultado líquido RCA foi de €140 m, enquanto o resultado líquido IFRS foi de €71 m, considerando um efeito de stock de €68 m e eventos especiais de -€137 m.
Primeiro semestre de 2021
O OCF1 da Galp aumentou 68% YoY, para €914 m, enquanto que o Ebitda RCA foi de €1.071 m, um acréscimo de 41% YoY, dadas as melhores condições de mercado.
O investimento totalizou €402 m, com o Upstream a representar 71% do total, enquanto que as atividades de downstream representaram 11% e as Renewables & New Businesses 16%. O investimento líquido representa um ganho de €8 m, considerando receitas de desinvestimentos durante o período, com destaque para a participação na GGND.
O FCF totalizou €746 m, com uma forte geração de caixa suportada pelo desempenho operacional e pelo desinvestimento na GGND.
Considerando os dividendos pagos a acionistas de €290 m e a interesses que não controlam de €78 m, assim como outros ajustes, a dívida líquida diminuiu €354 m, face ao final de 2020.
1 O cash flow operacional ajustado representa um proxy da performance operacional da Galp, excluindo efeitos de inventário, variações de fundo de maneio, bem como eventos especiais. A reconciliação deste indicador com o CFFO, de acordo com as normas IFRS, encontra-se no capítulo 6.3 Cash Flow do relatório. 2 Pró-forma considera todos os projetos de renováveis como se fossem consolidados de acordo com as participações da Galp.
€m (valores em IFRS, excepto indicação em contrário) |
|
0 |
0 |
1 |
Trimestre |
|
Primeiro Semestre |
2T20 |
1T21 |
2T21 |
Var. YoY |
% Var. YoY |
|
2020 |
2021 |
Var. YoY |
% Var. YoY |
291 |
499 |
571 |
281 |
97% |
Ebitda RCA |
760 |
1.071 |
311 |
41% |
204 |
438 |
467 |
263 |
s.s. |
Upstream |
490 |
906 |
416 |
85% |
59 |
69 |
73 |
13 |
22% |
Commercial |
149 |
142 |
(7) |
(5%) |
19 |
(6) |
50 |
31 |
s.s. |
Industrial & Energy Management |
109 |
45 |
(64) |
(59%) |
(4) |
(2) |
(6) |
2 |
58% |
Renewables & New Businesses |
(5) |
(8) |
4 |
79% |
(57) |
284 |
305 |
362 |
s.s. |
Ebit RCA |
161 |
588 |
428 |
s.s. |
(32) |
314 |
290 |
322 |
s.s. |
Upstream |
113 |
603 |
490 |
s.s. |
36 |
44 |
48 |
12 |
32% |
Commercial |
104 |
92 |
(13) |
(12%) |
(60) |
(67) |
(9) |
(51) |
(85%) |
Industrial & Energy Management |
(51) |
(76) |
25 |
50% |
(9) |
(3) |
(5) |
(4) |
(45%) |
Renewables & New Businesses |
(16) |
(8) |
(8) |
(52%) |
(52) |
26 |
140 |
192 |
s.s. |
Resultado líquido RCA |
(22) |
166 |
188 |
s.s. |
(154) |
161 |
71 |
225 |
s.s. |
Resultado líquido IFRS |
(410) |
232 |
642 |
s.s. |
(18) |
34 |
(137) |
119 |
s.s. |
Eventos especiais |
(26) |
(103) |
77 |
s.s. |
(84) |
101 |
68 |
152 |
s.s. |
Efeito stock |
(362) |
169 |
531 |
s.s. |
239 |
445 |
470 |
231 |
96% |
Cash flow operacional ajustado |
544 |
914 |
370 |
68% |
123 |
390 |
346 |
223 |
s.s. |
Upstream |
255 |
736 |
481 |
s.s. |
55 |
67 |
69 |
14 |
26% |
Commercial |
145 |
136 |
(9) |
(6%) |
49 |
(9) |
64 |
15 |
31% |
Industrial & Energy Management |
134 |
55 |
(79) |
(59%) |
(4) |
(2) |
(2) |
(2) |
(56%) |
Renewables & New Businesses |
(4) |
(4) |
(1) |
(12%) |
160 |
377 |
440 |
280 |
s.s. |
Cash flow das atividades operacionais |
404 |
817 |
413 |
s.s. |
136 |
178 |
224 |
88 |
65% |
Investimento |
280 |
402 |
121 |
43% |
(149) |
195 |
(186) |
37 |
25% |
Investimento Líquido |
(360) |
8 |
368 |
s.s. |
16 |
518 |
228 |
212 |
s.s. |
Free cash flow |
107 |
746 |
639 |
s.s. |
(86) |
- |
(78) |
(8) |
(9%) |
Dividendos pagos aos interesses que não controlam |
(194) |
(78) |
(116) |
(60%) |
(318) |
- |
(290) |
(28) |
(9%) |
Dividendos pagos aos acionistas |
(318) |
(290) |
(28) |
(9%) |
1.932 |
1.552 |
1.711 |
(221) |
(11%) |
Dívida líquida |
1.932 |
1.711 |
(221) |
(11%) |
1,1x |
1,1x |
1,0x |
0,0x |
s.s. |
Rácio dívida líquida para Ebitda RCA1 |
1,1x |
1,0x |
0,0x |
s.s. |
1 Rácio considera o Ebitda RCA LTM (€1.697m a 30 de junho de 2021), o qual é ajustado pelo impacto da aplicação da norma IFRS 16 (€184 m a 30 de junho de 2021). |
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Outros destaques
Galp Capital Markets Day 2021
No dia 2 de junho, a Galp apresentou a sua atualização estratégica, tendo em vista prosperar durante a transição energética, continuando a crescer através de um dos portefólios mais eficientes do sector, enquanto transforma progressivamente as suas atividades em linha com essa transição. A estratégia baseia-se numa estrutura de alocação de capital clara, com um plano de investimentos disciplinado, capaz de gerar crescimento de cash flow e garantir uma remuneração competitiva aos acionistas. A estratégia da Galp incorpora também um compromisso com a descarbonização progressiva das suas operações e vendas a clientes e estamos comprometidos em atingir a neutralidade carbónica até 2050 com metas intercalares até 2030.
A estrutura de alocação de capital conta com uma posição financeira sólida, com o objetivo de manter um rácio de dívida líquida para Ebitda de c.1x. O investimento líquido médio de €0,8-1,0 bn p.a. durante 2021-25, uma redução de c.20% em comparação com o plano anterior, com a previsão para 2021 mantida em €0,5-0,7 bn.
A meta de investimento líquido inclui iniciativas de gestão de portefólio para apoiar o plano de investimento, cristalizar valor e manter uma posição financeira robusta. A remuneração acionista considera um dividendo base de €0,50/ação e uma componente variável adicional, que será distribuída na medida em que o rácio de dívida líquida para Ebitda fique abaixo de c.1x, com o total de distribuições podendo representar 1/3 do CFFO. Mais informação aqui.
Decisão final de investimento de fase I do campo de Bacalhau no Brasil
No dia 1 de junho, a Galp, através da sua subsidiária Petrogal Brasil, juntamente com os seus parceiros Equinor (operadora), ExxonMobil e Pré-sal Petróleo SA (PPSA) sancionaram o desenvolvimento do campo de Bacalhau, no pré-sal brasileiro, na bacia de Santos. O investimento é de c.$8 bn. Bacalhau é um projeto altamente competitivo com um breakeven NPV10 abaixo de $35/bbl e intensidade carbónica reduzida de c.9 kgCO2e/bbl. O primeiro óleo está planeado para o segundo semestre de 2024 e, uma vez em plateau, irá contribuir com c.40 kbpd para a produção working interest da Galp, através de uma FPSO com capacidade de produção de 220 kbpd. As reservas recuperáveis estimadas para a primeira fase são de mais de 1 bn bbl. Mais informação aqui.
Eventos subsequente
Alterações no conselho de Administração e Comissão Executiva da Galp
No seguimento da atualização da estratégia da Galp, apresentada no seu Capital Markets Day pelo recentemente nomeado CEO Andy Brown, o Conselho de Administração aprovou a 23 de julho alterações na sua composição e na da Comissão Executiva (CE) da Empresa, com o objetivo de reforçar o potencial de cada uma das suas atividades, através de um modelo de gestão mais ágil e eficiente.
A nova estrutura da Comissão Executiva é a seguinte:
- Andy Brown, CEO
- Filipe Silva, CFO
- Carlos Costa Pina, COO Corporate Office
- Teresa Abecasis, COO Commercial
- Thore E. Kristiansen, COO Production & Operations, que integrará os negócios de Upstream e Industrial.
O Conselho de Administração tem em curso um processo de recrutamento para o novo COO da unidade Renewables & New Businesses que será gerida, de forma interina, pelo CEO Andy Brown. Adicionalmente, Andy Brown terá a responsabilidade do desenvolvimento de atividades de Energy Management.
As alterações na estrutura organizacional não terão impacto nos segmentos incluídos no reporte financeiro da Galp em 2021, que seguirá a estrutura anunciada na apresentação do Capital Markets Day de 2021.
Mais informações podem ser encontradas no site da Galp (aqui).
Detalhes da conference call
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