A Galp, em conjunto com a Petrobras e a Shell, parceiros no consórcio BM-S-11, acordaram o enquadramento para desenvolvimentos futuros nos campos gigantes de Tupi e Iracema, localizados no pré-sal brasileiro da Bacia de Santos.
Os projetos de Tupi e Iracema produzem hoje através de nove unidades flutuantes de produção, armazenamento e descarga (FPSO), já conectadas a 118 poços, e com uma capacidade instalada total superior a 1,3 mboepd. Durante os últimos 10 anos, estes campos produziram mais de 2 bn boe, provando as suas extraordinárias características em termos de escala e de propriedades de reservatório, permitindo a confirmação de um potencial adicional além do desenvolvimento já existente.
No seguimento do acordo, será detalhado um Plano de Desenvolvimento (PoD) atualizado para os campos, com o objetivo de identificar projetos de desenvolvimento adicionais resilientes aos baixos preços de petróleo. Este plano deverá ser submetido à ANP durante o ano de 2021, incluindo avaliações para um pedido potencial de extensão de vida do campo, de acordo com o novo marco regulatório recentemente aprovado no Brasil.
Considerando as características das unidades avaliadas para o futuro desenvolvimento na área de Tupi e Iracema, os parceiros acordaram também na venda à Petrobras, sujeita às condições precedentes, da unidade P-71, que se encontra atualmente em construção. De acordo com o estabelecido, a Galp terá uma posição a receber de cerca de $100 m, dos quais 30% serão pagos em 2020, sendo o remanescente pago em diferentes prestações ao longo do ano 2021.
Para além da preservação de caixa a curto prazo, decorrente da venda da FPSO, os acordos representam um passo claro na ambição de longo prazo da Galp em aumentar o fator de recuperação de Tupi e Iracema, apoiando o desenvolvimento de opções de criação de valor, e aumentando ainda mais a resiliência e eficiência de longo prazo destes projetos.
A Galp, através da sua subsidiária Petrogal Brasil detém 9,209% nos campos de Tupi e 10% nos campos de Iracema, no âmbito da sua participação no BM-S-11. Os demais parceiros do consórcio BM-S-11 são Petrobras (65%, operadora) e Shell Brasil Petróleo (25%).