O projeto Galp H2 Park tem como objetivo construir uma instalação industrial de 100 MW de eletrólise para a produção e armazenamento de hidrogénio verde. O termo "verde" deriva do seu método de produção: a eletrólise, que utiliza fontes de energia renováveis, como energia eólica ou solar, para separar a molécula de água em átomos de hidrogénio e oxigénio.
Este projeto vai permitir substituir parcialmente o hidrogénio cinzento atualmente usado nas operações da refinaria de Sines e, assim, reduzir a emissão de gases com efeito de estufa.
Ocupando uma área de cerca de quatro hectares, adjacente à refinaria e pertencente à Zona Industrial e Logística de Sines, representa um lugar central no plano de descarbonização da refinaria de Sines.
Este projeto é cofinanciado pelo Plano de Recuperação e Resiliência, no âmbito do NextGenerationEU.
Quais as utilizações para o H2 verde produzido?
- Substituir parcialmente o hidrogénio cinzento produzido no Steam Methane Reformer da refinaria de Sines por hidrogénio verde. Esta substituição contribui para a descarbonização do processo e para reduzir a emissão anual de CO2 em cerca de 110 mil toneladas
- Alimentar a futura unidade de biocombustíveis da Galp
- Alimentar unidades consumidoras de hidrogénio e/ou instalações industriais próximas
- Abastecer postos que a Galp venha a desenvolver para a mobilidade a hidrogénio
- Apoiar a descarbonização da indústria e dos transportes, dois dos setores de mais difícil eletrificação
Qual o funcionamento do Galp H2 Park?
A produção de hidrogénio verde no Galp H2 Park utiliza como matérias-primas um efluente tratado, fornecido pelas Águas de Santo André, e energia elétrica de origem renovável, como energia eólica ou solar. Na ausência do efluente tratado, a alternativa passa pela utilização de água industrial.
O processo começa com o tratamento do efluente numa unidade de desmineralização. Desta etapa resulta a produção de água desmineralizada e de um efluente salino, que é enviado para a refinaria de Sines e, posteriormente, descarregado no exutor das Águas de Santo André.
A água desmineralizada, inicialmente armazenada num reservatório de 240 m3, alimenta os eletrolisadores onde, por efeito da corrente elétrica, é separada em hidrogénio e oxigénio. Para garantir um elevado nível de pureza, o hidrogénio é ainda tratado para remover vestígios de água e de oxigénio. À saída dos eletrolisadores, é enviado para a rede de hidrogénio da refinaria de Sines, podendo, em caso de necessidade, ser armazenado em reservatórios próprios.
O oxigénio resultante da eletrólise é também separado de vestígios de água e libertado para a atmosfera.