29/04/2019 | Resultados

Atividade internacional suporta resultados

Mais de 86% do Ebitda proveniente da atividade internacional. Produção total de petróleo e gás natural aumenta 8% com contributos das novas unidades de produção no Brasil e em Angola. Ebitda aumenta 9% para €494 milhões no 1º trimestre. Resultado líquido trimestral ajustado diminui para €103 milhões por aumento dos custos fiscais.

A execução dos projetos de Exploração e Produção (E&P) de petróleo e gás natural no Brasil e Angola – e o aumento da produção daí resultante – compensou a diminuição da atividade de Refinação e Distribuição, num período marcado pela introdução de novas normas contabilísticas (IFRS 16).

O resultado ajustado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda RCA) aumentou 9% em termos homólogos para €494 milhões, dos quais 86% resultaram das atividades internacionais – e mais de 75% diretamente da área de E&P. A aplicação da nova norma contabilística IFRS 16 teve um impacto positivo em Ebitda de €44 milhões.

O Ebitda da área de E&P registou um aumento de 28% face ao trimestre homólogo, para um total de €374 milhões, suportado num aumento de 8% da produção de petróleo e gás natural. Esta totalizou 113 mil barris de petróleo e gás natural por dia com a entrada em operação e progressivo aumento de produção de duas unidades flutuantes do tipo FPSO instaladas nos campos de águas ultraprofundas do pré-sal da bacia de Santos, no Brasil, e de uma em Angola, no último ano. O Ebitda do E&P incluiu ainda um impacto positivo de €33 milhões em resultado da aplicação da nova norma IFRS 16.

Os resultados operacionais da área de Refinação & Distribuição caíram 42% para €70 milhões, pressionados pela queda das margens de refinação no mercado europeu e por restrições operacionais no aparelho refinador que afetaram as vendas, sobretudo para os mercados de exportação.

O aumento de vendas nos hubs europeus compensou a diminuição das vendas a clientes diretos, o que se refletiu numa melhoria de 40% do Ebitda da área de Gas & Power em termos homólogos, para €47 milhões.

O resultado líquido ajustado do primeiro trimestre totalizou €103 milhões, 24% abaixo do valor registado no mesmo período do ano passado. De acordo com as normas contabilísticas internacionais (IFRS), o resultado líquido do 1º trimestre foi negativo em €8 milhões, o que se explica com um aumento dos eventos não recorrentes negativos de €126 milhões, que se explicam essencialmente pelo impacto da unitização do campo de Lula no Brasil. A participação da Galp neste bloco, através da Petrogal Brasil, passou de 10% para 9,2%, com efeitos a partir de 1 de abril de 2019. Em resultado deste processo, a Galp reconheceu um impacto de €98 milhões como evento não recorrente.

Outros indicadores financeiros

O cash flow das atividades operacionais (CFFO) nos primeiros três meses do ano foi de €396 milhões, um aumento de 62% em relação ao período homólogo, já considerando o impacto de €44 milhões da aplicação da norma IFRS 16, e apesar da menor contribuição da atividade de refinação. O FCF foi de €159 milhões, ou €91 milhões depois do pagamento de dividendos a interesses que não controlam.

O investimento no 1º trimestre totalizou €149 milhões, em linha com o valor do ano anterior, dos quais 89% foram alocados ao negócio de E&P, principalmente à execução do projeto Lula, no Brasil, do bloco 32 em Angola, que tem uma segunda unidade FPSO a produzir desde o início de abril, e do projeto de GNL em Moçambique.

A 31 de março de 2019, a dívida líquida situava-se em €1,6 mil milhões, um decréscimo de €134 m em relação ao trimestre anterior, refletindo a geração de caixa durante o período. O passivo referente a locações financeiras situou-se nos €1.230 m. O rácio de dívida líquida para Ebitda RCA, considerando os ajustes da aplicação da norma IFRS 16 no Ebitda RCA, foi de 0,7x.

Sobre a Galp

A Galp é uma empresa de energia de base portuguesa, de capital aberto com presença internacional. As nossas atividades abrangem todas as fases da cadeia de valor do setor energético, da prospeção e extração de petróleo e gás natural, a partir de reservatórios situados quilómetros abaixo da superfície marítima, até ao desenvolvimento de soluções energéticas eficientes e ambientalmente sustentáveis para os nossos clientes. Ajudamos grandes indústrias a aumentarem a sua competitividade, ou consumidores individuais que buscam as soluções mais flexíveis para as suas casas e necessidades de mobilidade. Integramos todos os tipos de energia, da eletricidade, ao gás e aos combustíveis líquidos. Contribuímos ainda para o desenvolvimento económico dos 11 países em que operamos e para o progresso social das comunidades que nos acolhem. A Galp emprega 6.389 pessoas.

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