A procura de gás natural (GN) continuará a aumentar ao longo da próxima década, dado o seu papel decisivo na redução das emissões globais de CO2 e no combate à poluição atmosférica, defendeu Carlos Gomes da Silva, CEO da Galp, na abertura da 19ª edição da CWC World LNG Summit, que se realiza em Lisboa pelo segundo ano consecutivo.
De acordo com as previsões da Agência Internacional de Energia (IEA), o gás natural será a única fonte de energia de origem fóssil cujo consumo continuará a aumentar em todos os cenários, incluindo naqueles que definem metas mais ambiciosas para a redução das emissões e em que, ainda assim, se estima que até 2040 o consumo de GN aumente cerca de 10%.
As estimativas são ainda mais otimistas para a procura de LNG, a versão líquida do gás natural, mais fácil de transportar e armazenar, que poderá aumentar entre 3% e 6%, de acordo com os diversos cenários traçados pela IEA.
“O gás natural é o melhor parceiro para uma nova matriz energética mais sustentável”, defendeu Gomes da Silva perante uma plateia repleta de executivos de empresas produtoras e comercializadoras de gás natural.
Para o CEO da Galp, cerca de 75% desta procura virá da Ásia, com cerca de 50% proveniente de novos países importadores como o Bangladesh, a Indonésia, Paquistão, Tailândia e Vietname.
Como exemplo da importância do LNG, Gomes da Silva sublinhou que, sem uma alteração da matriz energética atual, a substituição de todo o parque automóvel global por viaturas elétricas permitiria reduzir em 3% as emissões globais de CO2. Em contrapartida, a substituição do carvão por gás natural na produção de eletricidade, retiraria 15% do CO2 emitido para a atmosfera, mesmo sem qualquer alteração do parque automóvel.
O LNG Summit, do qual a Galp é mais uma vez host-sponsor, decorre até dia 30 no hotel Corinthia, em Lisboa.
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