O novo hydrocracker da refinaria de Sines iniciou a produção comercial de gasóleo, evento que conclui o maior projeto industrial de sempre em Portugal – o projeto de conversão das refinarias de Sines e de Matosinhos – e inicia uma nova era na unidade de negócio da refinação da Galp Energia.
O projeto de conversão das refinarias, que envolveu um investimento total de 1,4 mil milhões de euros, teve como principal objetivo o aumento da produção de gasóleo em detrimento sobretudo da produção de fuelóleo, em linha com as necessidades do mercado e de forma a aumentar a competitividade do aparelho refinador da Galp Energia. A Empresa dispõe agora de um aparelho refinador mais complexo, mais eficiente e mais flexível.
Com este investimento, o país passará não só a produzir gasóleo suficiente para satisfazer a totalidade das necessidades do mercado português, como a exportar este produto que até agora importava. A Galp Energia dá assim um contributo significativo para a redução da fatura energética nacional e para o equilíbrio da balança comercial.
O hydrocraker, com capacidade de processamento diário de 43 mil barris de gasóleo de vácuo pesado, encontra-se atualmente a operar em condições processuais normais, tendo já atingido um nível de produção comercial com uma carga superior a 60%. O processo de arranque teve início no dia 10 de janeiro, prevendo-se a estabilização da produção à carga máxima durante o corrente trimestre.
A concretização do projeto de conversão permite à Galp Energia o aumento da complexidade do seu aparelho refinador, tendo o índice de complexidade “Nelson”* passado de 9,4 para 10,7 na refinaria de Matosinhos e de 6,3 para 7,7 na refinaria de Sines.
O hydrocracker é o equipamento central de um novo complexo de hydrocracking que envolveu a instalação de 585 subsistemas na refinaria de Sines, comissionados ao longo de 2012. De salientar que todo o projeto obedeceu aos mais elevados padrões de segurança e qualidade, passando por rigorosos sistemas de controlo, os quais permitiram que fosse agora concluído com pleno sucesso.
*O índice de complexidade de uma refinaria mede a sua capacidade de processar petróleo bruto e outras matérias-primas – tais como petróleo bruto mais pesado e com um teor de enxofre mais elevado em produtos de maior valor acrescentado. Quanto mais elevada a complexidade e mais flexível a utilização de diferentes tipos de matérias-primas, melhor posicionada se encontra a refinaria para tirar partido da utilização de diferentes tipos de petróleo bruto que em determinado momento sejam mais vantajosos em termos de custo, e desta forma aproveitar oportunidades de incremento da margem bruta.