A Galp apresenta hoje os resultados do terceiro trimestre e primeiros nove meses de 2021. Todos os documentos relacionados estão disponíveis no nosso site, aqui.
A Galp apresentou um conjunto de resultados robustos este trimestre, capturando a melhoria das condições macroeconómicas, nomeadamente os preços mais elevados do Brent, as melhores margens de refinação internacionais e os preços favoráveis de eletricidade na Península Ibérica. O nosso Ebitda ultrapassou os €600 m, num trimestre onde enfrentámos ainda alguns desafios operacionais, o que nos dá margem para melhorar ainda mais o nosso desempenho no futuro.
A nossa geração de caixa refletiu um efeito temporário relacionado com os nossos derivados para a mitigação do risco associado às diferenças de preços entre o aprovisionamento e fornecimento de gás natural, os quais foram impactados pela recente volatilidade registada nos mercados. Embora o nosso rácio de dívida líquida para Ebitda tenha aumentado ligeiramente, continuamos confiantes que o nosso fluxo de caixa vai permitir uma desalavancagem o que, juntamente com o caráter temporário destes efeitos, suportará uma remuneração acionista competitiva em relação a 2021.
Continuámos a nossa execução de acordo com o nosso compromisso de crescimento, tanto nos nossos negócios tradicionais como na expansão dos nossos projetos de energias renováveis, tendo igualmente dado passos importantes para assegurar o acesso a financiamento e desenvolvimento dos nossos negócios de baixo carbono. Estamos entusiasmados com a continua execução desta nossa aposta estratégica para os Renováveis, onde expandimos dentro e fora da Península Ibérica com a entrada no Brasil, contando atualmente com um portefólio de c.4,7 GW de capacidade bruta. Estes são tempos importantes na história da Galp e estou confiante de que estamos no caminho certo para prosperar na transição energética.
Andy Brown, CEO da Galp
Terceiro trimestre de 2021
O cash flow operacional ajustado (OCF)1 da Galp atingiu os €468 m, um aumento de €143 m YoY, suportado pela maior contribuição do Upstream e um melhor desempenho das atividades industriais. O cash flow das atividades operacionais (CFFO) foi de €175 m, incluindo um investimento em fundo de maneio, o qual considera contas margem temporárias de €373 m, relacionadas com derivados para a mitigação de risco entre o aprovisionamento de gás e os preços de venda.
Considerando os efeitos referidos anteriormente, a geração de free cash flow (FCF) foi negativa em -€113 m, com a dívida líquida em €2.028 m, refletindo também os dividendos pagos aos acionistas da Galp de €207 m. O rácio de dívida líquida para Ebitda RCA situava-se em 1,1x no final do período.
O Ebitda RCA foi de €607 m, com os seguintes destaques:
- Upstream: O Ebitda RCA foi de €522 m, um aumento de €220 m YoY, refletindo o aumento dos preços do petróleo, apesar do maior desconto nas realizações, os quais compensaram a menor produção. O OCF foi de €364 m, comparado com €253 m no 3T20.
- Commercial: O Ebitda RCA foi de €87 m, um decréscimo de 17% YoY, enquanto o OCF foi de €84 m, também inferior 17% YoY, apesar do aumento dos volumes de vendas, uma vez que o 3T20 beneficiou de um maior contributo de segmentos de valor superior.
- Industrial & Energy Management: O Ebitda RCA foi de €15 m, face a -€12 m no 3T20, na sequência de uma melhoria do contexto de refinação, embora impactado por um contributo negativo do Energy Management, sobretudo devido às restrições de aprovisionamento de gás natural durante o período, ao aumento nos custos de regaseificação em Portugal e à variação negativa do desfasamento temporal das fórmulas de pricing de produtos petrolíferos.
- Renewables & New Businesses: O Ebitda RCA não foi relevante no 3T21, uma vez que a maioria das operações não são consolidadas. O Ebitda pró-forma2 das operações de renováveis atingiu os €28 m no período, beneficiando do preço solar na Península Ibérica.
O Ebit RCA aumentou €261 m YoY para €369 m, suportado pelo melhor desempenho operacional.
O resultado líquido RCA foi de €161 m, enquanto o resultado líquido IFRS foi de -€334 m, considerando um efeito de stock de €50 m e eventos especiais de -€545 m, que incluem variações no market-to-mark de derivados.
Primeiros nove meses de 2021
O OCF da Galp aumentou 59% YoY, para €1.383 m, enquanto que o Ebitda RCA foi de €1.678 m, um acréscimo de 45% YoY, beneficiando das melhores condições de mercado. O CFFO foi de €992 m, refletindo também um aumento do fundo de maneio, devido a contas margem de derivados.
O investimento totalizou €680 m, com o Upstream a representar 69% do total, enquanto que as atividades de downstream representaram 12% e as Renewables & New Businesses 17%. O investimento líquido registou €253 m, considerando os desinvestimentos durante o 1H21, com destaque para a participação na Galp Gás Natural Distribuição (GGND).
O FCF totalizou €633 m. Considerando os dividendos pagos a acionistas de €498 m e a interesses que não controlam de €78 m, assim como outros ajustes, a dívida líquida diminuiu €38 m, face ao final de 2020.
Outros destaques
Atualização da guidance para o ano 2021
A Galp atualizou as suas guidances para o ano de 2021, com base no desempenho até ao momento, e de acordo com a atualização das perspetivas operacionais e macroeconómicas.
O Ebitda RCA do Grupo é agora estimado ser superior a €2,3 bn (vs. € 2,0 bn considerados anteriormente):
- Upstream: O Ebitda RCA é estimado em c.€2,0 bn, agora assumindo um preço de Brent médio de c.$70/bbl, mas também refletindo ajustes na produção working interest.
- Commercial: O Ebitda RCA esperado é de c.€300 m, na sequência de uma recuperação inferior da procura de produtos petrolíferos na Ibéria.
- Industrial & Energy Management: O Ebitda RCA é estimado em <€ 100 m, uma vez que o desempenho positivo do Industrial, será compensado pelo menor contributo do Energy Management.
- Renewables & New Businesses: O Ebitda pró-forma estimado (não consolidado) é de c.€60 m, na sequência do aumento do preço da eletricidade na Ibéria.
O OCF é esperado superar €1,8 bn (vs. €1,7 bn considerados anteriormente), enquanto o investimento líquido é estimado no intervalo de €0,5 - 0,6 bn (vs. €0,5 – 0,7 bn considerados anteriormente).
1 O cash flow operacional ajustado representa um proxy da performance operacional da Galp, excluindo efeitos de inventário, variações de fundo de maneio, bem como eventos especiais. A reconciliação deste indicador com o CFFO, de acordo com as normas IFRS, encontra-se no capítulo 6.3 Cash Flow do relatório. 2 Pró-forma considera todos os projetos de renováveis como se fossem consolidados de acordo com as participações da Galp.
Informação financeira
€m (valores em IFRS, excepto indicação em contrário) |
|
0 |
0 |
1 |
Trimestre |
|
Nove Meses |
3T20 |
2T21 |
3T21 |
Var. YoY |
% Var. YoY |
|
2020 |
2021 |
Var. YoY |
% Var. YoY |
401 |
571 |
607 |
206 |
51% |
Ebitda RCA |
1.161 |
1.678 |
517 |
45% |
302 |
467 |
522 |
220 |
73% |
Upstream |
792 |
1.428 |
635 |
80% |
105 |
73 |
87 |
(18) |
(17%) |
Commercial |
255 |
229 |
(26) |
(10%) |
(12) |
50 |
15 |
28 |
s.s. |
Industrial & Energy Management |
97 |
60 |
(37) |
(38%) |
(2) |
(6) |
(6) |
4 |
s.s. |
Renewables & New Businesses |
(6) |
(14) |
8 |
s.s. |
108 |
305 |
369 |
261 |
s.s. |
Ebit RCA |
268 |
957 |
689 |
s.s. |
133 |
290 |
375 |
241 |
s.s. |
Upstream |
246 |
978 |
732 |
s.s. |
81 |
48 |
58 |
(23) |
(28%) |
Commercial |
185 |
149 |
(36) |
(19%) |
(108) |
(9) |
(43) |
(66) |
(61%) |
Industrial & Energy Management |
(159) |
(119) |
(40) |
(25%) |
(2) |
(5) |
(6) |
5 |
s.s. |
Renewables & New Businesses |
(17) |
(14) |
(3) |
(20%) |
(23) |
140 |
161 |
184 |
s.s. |
Resultado líquido RCA |
(45) |
327 |
372 |
s.s. |
(85) |
(137) |
(545) |
460 |
s.s. |
Eventos especiais |
(111) |
(648) |
537 |
s.s. |
2 |
68 |
50 |
48 |
s.s. |
Efeito stock |
(360) |
219 |
579 |
s.s. |
(106) |
71 |
(334) |
228 |
s.s. |
Resultado líquido IFRS |
(516) |
(102) |
(414) |
(80%) |
325 |
470 |
468 |
143 |
44% |
Cash flow operacional ajustado (OCF) |
870 |
1.383 |
513 |
59% |
253 |
346 |
364 |
112 |
44% |
Upstream |
508 |
1.100 |
593 |
s.s. |
101 |
69 |
84 |
(17) |
(17%) |
Commercial |
246 |
220 |
(26) |
(11%) |
(18) |
64 |
31 |
49 |
s.s. |
Industrial & Energy Management |
116 |
86 |
(30) |
(26%) |
(2) |
(2) |
(2) |
(0) |
(17%) |
Renewables & New Businesses |
(6) |
(6) |
(1) |
(13%) |
391 |
440 |
175 |
(216) |
(55%) |
Cash flow das atividades operacionais (CFFO) |
794 |
992 |
197 |
25% |
(432) |
(186) |
(261) |
(171) |
(40%) |
Investimento Líquido |
(792) |
(253) |
(540) |
(68%) |
(49) |
228 |
(113) |
64 |
s.s. |
Free cash flow (FCF) |
58 |
633 |
575 |
s.s. |
(29) |
(78) |
- |
29 |
s.s. |
Dividendos pagos aos interesses que não controlam |
(223) |
(78) |
(145) |
(65%) |
- |
(290) |
(207) |
(207) |
s.s. |
Dividendos pagos aos acionistas |
(318) |
(498) |
179 |
56% |
2.091 |
1.711 |
2.028 |
(63) |
(3%) |
Dívida líquida |
2.091 |
2.028 |
(63) |
(3%) |
1,3x |
1,0x |
1,1x |
-0,2x |
s.s. |
Rácio dívida líquida para Ebitda RCA1 |
1,3x |
1,1x |
-0,2x |
s.s. |
1 Rácio considera o Ebitda RCA LTM (€1.902m a 30 de setembro de 2021), o qual é ajustado pelo impacto da aplicação da norma IFRS 16 (€186 m a 30 de setembro de 2021). |
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